Galope da vida
Por: JOSE ANTONIO BASTO
I
Correndo veloz em busca da paz
No livro da dor rasgando o sermão
Ó canto tristonho mostrai-me o cartaz
Das letras do livro em minha canção
Contai as destrezas em temas e mais
Da chama que parte nesta solidão,
Eu quero cantar minha longa história
Nas trilhas do tempo, nos versos da glória.
II
Nos vultos da noite estala a espora,
Corre o infinito o corcel corajoso
Sou eu o cavaleiro que a tarde ignora...
Atravesso barreiras em fim assombroso!
Um grito na goela repete a demora
Do preço assustado no peito viçoso
Vou galopeando nas ondas do mar
Nas brumas da vida sorrindo a chorar!
III
Há tempos que a estrela brilha no horizonte,
Há dias que o sucesso sua pétala abria...
Signo estridente que vem gotejante...
Um vulto sombrio nas vertes sumia,
Uma voz me dizia: - segue confiante!
Um gosto de sangue a boca sentia,
É os desafios do lado sentido,
Estrondo medonho partindo aos ouvidos.
IV
Uma vela está solta num copo acesa
Para nunca mais o tempo apagar
Uma taça enfeita a mais nobre mesa
E o vinho decerto pra só eu brindar...
Que toda existência é uma grandeza
- Quem joga um dia só perde a ganhar-,
Guerreiro, dou mais um passo a frente,
Nesse louco estágio de sombra demente!
V
Minha lira é simples, um só pensamento,
É valsa esquisita dançando a embalar...
É o eco de hoje o eterno cimento
Para a construção então se firmar,
Atravesso os mares com meus argumentos
No tropelo da estrada a galopear
Disparando no infinito desta amplidão
Rumo aos intuitos do meu coração.
JOSÉ ANTONIO BASTO
Contato: bastosandero65@gmail.com
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
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