sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

COLUNISTAS

Galope da vida

Por: JOSE ANTONIO BASTO

I

Correndo veloz em busca da paz

No livro da dor rasgando o sermão

Ó canto tristonho mostrai-me o cartaz

Das letras do livro em minha canção

Contai as destrezas em temas e mais

Da chama que parte nesta solidão,

Eu quero cantar minha longa história

Nas trilhas do tempo, nos versos da glória.

II

Nos vultos da noite estala a espora,

Corre o infinito o corcel corajoso

Sou eu o cavaleiro que a tarde ignora...

Atravesso barreiras em fim assombroso!

Um grito na goela repete a demora

Do preço assustado no peito viçoso

Vou galopeando nas ondas do mar

Nas brumas da vida sorrindo a chorar!

III

Há tempos que a estrela brilha no horizonte,

Há dias que o sucesso sua pétala abria...

Signo estridente que vem gotejante...

Um vulto sombrio nas vertes sumia,

Uma voz me dizia: - segue confiante!

Um gosto de sangue a boca sentia,

É os desafios do lado sentido,

Estrondo medonho partindo aos ouvidos.

IV

Uma vela está solta num copo acesa

Para nunca mais o tempo apagar

Uma taça enfeita a mais nobre mesa

E o vinho decerto pra só eu brindar...

Que toda existência é uma grandeza

- Quem joga um dia só perde a ganhar-,

Guerreiro, dou mais um passo a frente,

Nesse louco estágio de sombra demente!

V

Minha lira é simples, um só pensamento,

É valsa esquisita dançando a embalar...

É o eco de hoje o eterno cimento

Para a construção então se firmar,

Atravesso os mares com meus argumentos

No tropelo da estrada a galopear

Disparando no infinito desta amplidão

Rumo aos intuitos do meu coração.



JOSÉ ANTONIO BASTO
Contato: bastosandero65@gmail.com

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