terça-feira, 29 de junho de 2010

CIDADE... SELVA DE CIMENTO.

Por: Manogerman©

O homem se torna
Um poderoso chefão.
Como um bravo leão.
Anda pelas trilhas asfaltadas.
Que esconde o chão da terra amada.
Nas ruas e avenidas.
Casas e arranha-céus construídos.
Nas calçadas e quintais.
Nem uma árvore para dar vida.
Como uma fera selvagem.
Ele usa seu automóvel.
Para lhe dar mais vantagens.
Sobe e desce em viadutos.
Como macacos que pulam.
De galho em galho.
Chega ao seu trabalho.
Onde só tem paredes de cimento.
Nem um pé de vento.
O homem fica em silêncio.
Com frieza, pensa na natureza.
Que lhe pode trazer tanta beleza
Ter a alma com mais leveza
A ganância é a tristeza
Que reina nas alvenarias
Construídas com o intuito
De destruírem os fenômenos
Da vida, que brota e que respira.
E nos alivia, do sufoco.
Da greve, e dos edifícios.
Que se torna um hospício
Com a luz do dia que tem o final
Vai perdendo para luz artificial
Mas o ar lá fora, a chuva e o sol.
Nos trás o alivio
Dando-nos uma sensação
De ouvirmos um assobio
De um pássaro perdido
Fazendo das sacadas
Seus ramos e galhos.
Para pousar e observar.
A cidade que jaz
A liberdade das matas
O que sobrevive sem vida
São as pilastras dos monumentos
De heróis que percorriam
Descobrindo as mata natural e primitiva
Jamais exploradas
E agora envolvidas por enormes usinas.
Precisamos do granizo.
Mas também da brisa.
Do mar e das montanhas
Das florestas e dos bosques
Que é o que resta da natureza
Entre os núcleos urbanísticos
De uma povoação
Que sofrem com a poluição
De uma nuvem preta e carregada
Do efeito dos cascalhos
Que solta no ar às impurezas.
Das varias empresas
Mas como em todas as manhãs
Estamos prontos para mais uma aventura
Viver numa cidade de pedra dura.


Germano Gonçalves - Urbanista Concreto
todasascoisas@ig.com.br

Se você é de Salvador-BA.......Quarta é dia de Sarau Bem Black]



Quarta é dia de Sarau Bem Black
Salve todos, quarta feira próxima, dia 30/06, tamo lá, firme e forte no Sarau Bem Black.
O evento acontece no Sankofa African Bar, no Pelourinho, e chegamos lá às 19h.
20h é poesia pra todo quanto é lado!!

Venha e traga seus poemas!
Nelson Maca

Saiba mais:
www.gramaticadaira.blogspot.com
blackitude@gmail.com

Hoje vamos em Campinas entrevistar o DEXTER !!!! Pro Programa Manos e Minas da TV Cultura e pro meu livro: Hip Hop - De Dentro do Movimento


A SUBURBANO CONVICTO não teria como bancar o patrocinio de um rapper com o peso do Dexter, somos café pequeno (em questão de confecção) para isso.
Mas o Dexter sempre usa nossas camisetas e só podemos agradecer a atenção, tamo junto.


Dexter em Abril de 2009 em Show na Peruche, 4 mil pessoas atenderam seu chamado.....

Saimos hoje (terça, 29.06.2010) cedo (7h) pra estrada de novo, nosso destino é Campinas.
Lá iremos encontrar (na rua) o rapper DEXTER que está no semi aberto, de dia trabalha numa loja de hip hop e a noite (por pouco tempo), volta à cadeia pra dormir.
Como o Rappin Hood havia entrevistado ele na cadeia pro Manos e Minas da TV Cultura, vou eu agora (Alessandro Buzo), mostrar a sua nova fase, como está sendo para o Dexter estar muito perto de conquistar sua liberdade definitiva, para brilhar no cenário Rap Nacional.
Vai ser muito bom passar um dia com ele, mostrar sua atual realidade, almoçarmos juntos, enfim....por a conversa em dia, não só pra materia como por sermos amigos.
Vai ser um dia importante pro Rap Nacional, ver o que ele tem a nos dizer.
E não é uma entrevista, são duas.........uma para o PROGRAMA MANOS E MINAS da Tv Cultura e outra para meu livro (Hip Hop - De Dentro do Movimento), aliás, falando no livro, digito hoje a noite a entrevista do Dexter, amanhã incluo na obra e mando para editora.
Aguardem que em breve vou vai ver o Dexter no Manos e Minas e depois vai ler suas idéias no meu livro.


Dexter em janeiro de 2010 no Caderno SHOW do Jornal AGORA, vestido de Suburbano Convicto

*** Deixe sua mensagem pro Dexter aqui em (comentários), amanhã publico as fotos de hoje e o comentário de todo mundo...........

domingo, 27 de junho de 2010

Crack

Por: Tubarão

"Prepararam o ringue...
lhe deram a pedra e o estilingue...
vai pra rua e se vingue...
bem e mal não destingue...
agora cego sua raça se estingue!"


Tubarão
www.dulixo13.blogspot.com

O coronel de ferro

Por: Samuel da Costa
samueldeitajai@yahoo.com.br


" Eu vi quando um soldado recebeu ordens para comer que nem um cão embaixo da mesa do refeitório, enquanto que outros se divertiam com a cena degradante. "
João Carlos Pereira

Sentado confortavelmente em sua poltrona, o coronel Moreira César sente que alguma coisa está errada. Um sentimento que o acompanha de uns alguns tempos para cá, Moreira César era filho e, neto de policiais militares. Mas as coisas estavam mudando, e mudando muito por sinal. Prova disso era o despacho que recebera do estado maior há alguns dias, o coronel da cidade vizinha estava pedindo um reforço no efetivo. Os tecelões de Blumenau estavam ameaçando deflagrar estado de greve a meses. Ter que dispor de parte de sua tropa, já escassa, para resolver os entreveros de outra cidade era um problema. E greve era outra coisa que Moreira César também não engolia, e permitir que trabalhadores pudessem fazer greve, era mesmo o fim dos tempos na visão do coronel.

– Aquele preto safado, tinha que desfalcar minha tropa! Diz Moreira César de si para si mesmo. Ver um negro ascender ao posto de coronel, era outra coisa o ‘’Coronel de ferro’’ também não aceitava. E ao abrir uma gaveta e acender um charuto em meio aos devaneios, que o Cabo Silverinha adentra na sala, sem ser anunciado, o obrigando a apagar o ‘’Havana’’. A ordenança assim procedia como um código pré–estalecido entre ambos. E sempre que assim a ordenança procedia, havia problemas a vista.
– O que foi Cabo? Pergunta o coronel fingindo despachar, olhando para a mesa de mogno. O coronel, não se deu ao trabalho de olhar para o subordinado. Era um silêncio constrangedor que reinou na sala, e em posição de sentido diante do superior, o cabo Silverinha se manteve calado. Foi o suficiente, para o "Coronel de ferro" se levantar, e ir até a janela da sua sala de trabalho. Lá embaixo, a visão de novos recrutas em formação, deixará o "Coronel de ferro" apreensivo: – Uma nova geração de soldados, direito à greve, coronel negro, aonde as coisas vão parar meu Deus. Diz o Moreira César de si para si mesmo.
– Quero o relatório na minha mesa ainda hoje cabo! Sentenciou o coronel para a ordenança, que se retira após "bater os cascos".

Samuel C. da Costa é contista em Itajai - SC

Se Teu Amor Foi Embora

Por: Marcos"Tecora" Teles
marcosrteles@hotmail.com

(Para Estela)

Se o teu amor foi embora e te deixou sozinha, sentada na cadeira de um bar, se foi pra nunca mais voltar...
E quando você chegar em casa e alguém te perguntar; porquê os olhos vermelhos, molhados de chorar? O que você vai dizer? Que errou?
O teu sapato de cristal se quebrou.O teu vestido com espartilho já não te serve mais.Até o espelho é teu inimigo e você não quer mais se olhar.
Quanto orgulho, quanta arrogância, achando que o mundo só deveria girar ao teu redor, e ficar olhando tudo de cima sem nunca se preocupar.
A lua há tempos não vem na tua janela te visitar.Até as flores no quintal, não te sorriem mais. E nunca mais você dormiu legal.
Você sempre soube que o que se quer, se tem. Mas nem todo dia é só o doce e nem todo dia é só o sal...
O filho que seria teu, ainda hoje é. Morreu pelo teu sonho de ser linda, perfeita e genial.
O tempo vai te fazer bem, porque a vida te fez mal.
Por você, teu amor foi embora. Pra nunca mais voltar...
Mas todo tempo é tempo de viver.Pra se restaurar, se corrigir, começar e recomeçar.

Noite

Por: Patrícia Raphael

Nessa noite gelada...
Congela meu corpo...
Chego a sacrificar a minha sede
Na madrugada fria

Resta-me a lembranças
Para dizer o que sinto

Ceder ao que vejo
Livrar-me da esperança
Reafirmo nessa noite gelada

Por onde me espalho
Por onde me deixo levar
Nessa noite passiva

Recomponho minha alegria
Tristeza jamais
Anseio por noites mais calorosas...
...que revelem teus olhos claros!

Nessas noites geladas!
Cheia de saudades!
Cheia de solidão
Que afastasse
Pois nessa noite!
Te conquistei nesse noite
Noite florente para nós dois...

Patrícia Raphael é poetisa em Itajaí - SC

Homenagem ao Poeta

Por: João Roberto - Poeta em Ilhota-SC
ilhotaprevjr@hotmail.com

Poesia, rima, emoção,
versos que do coração
marcam o dia do Poeta
daquele que até brincando
vai escrevendo e rimando uma história completa.
Da poesia nasce o amor,
ela também, conta a dor
ou momento de aflição;
ela registra a saudade
e no jardim da amizade
não conhece a solidão.
Poeta sofre escrevendo,
mesmo doente ou morrendo
só com a força da emoção;
ele compõe moribundo
registrando para o mundo
letras de grande expressão.
e Deus lendo o seu trabalho,
lava com seu santo orvalho
do Poeta o coração;
e consagra eternamente,
do mais perfeito expoente
Á sua composição.

sábado, 26 de junho de 2010

SARAUS - Sábado e Domingo

Sábado, 26/06 em Embu das Artes


* Clique na imagem para ampliar.........



Domingo, 27/06 no centro de São Paulo
Olá galera do bem,
Convidamos a todos para mais um Encontro de Utopias, esse mês comemorando 1 ano de existência, de muita poesia, música , manifestações artísticas diversas e de disposição interna para pensar um mundo diferente, onde o respeito pela cultura, pela arte e sobretudo pelo ser humano seja parte do cotidiano.
Nessa edição convidamos os poetas participantes da coletânea Negrafias 02, coletânea organizada por Marciano Ventura,com poemas de Akins Kintê, André Luis Patrício, Elizandra Souza, Felipe Augusto, Gildean Silva, Giovanni di Ganzá, Lourenço Cardoso, Marcelo Mafra, Marciano Ventura, Marcio Folha, Michel Yakini, Miguel, Oubi Inaiê Kibuko, Pilar Ferreira, Raquel Almeida, Rinaldo Teixeira, Samantha Pilar.
Dia 27 de junho, domingo às 20 hs, no Pandora, Pça Roosevelt, 252 - Consolação. Tragam seus pandeiros, adereços, personagens, seus livros de cabeceira e o coraçôes abertos, pois como já disseram antes, o caminho se faz ao caminhar!

"Se antes de cada ato nosso, puséssemos prever todas as consequências dele, e pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis, não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar. "
José Saramago

Encontro de Utopias - (11)9717-2176

Carta na Garrafa

Por: Marcos"Tecora" Teles
marcosrteles@hotmail.com


Lake Worth, Flórida, 14 de fevereiro de 1968.
Baby me perdoe, sei que não fui o que você pensou ou queria que fosse.
Nunca fui como um farol de estrelas que brilha somente para iluminar o teu caminho, nem como um dia de sol pra te aquecer, nem como uma lua cheia pra te trazer inspiração.
Tenho a certeza de que não fui o caminho certo que você pudesse seguir, porque fui uma estrada cheia de pedras, um caminho tortuoso, difícil de se caminhar.
Sei que não fui companhia para suas tarde de sonho e ternura.Sei também que não fui como a flor que você acaricia e encosta ao peito, porque muito de mim era só espinhos, ao menor descuido eu poderia te ferir.
Baby me perdoe, por achar que pra você fui apenas um caso, algumas noites de amor e mais nada.
Me desculpe baby,por não ter conseguido demonstrar o quanto te amo e isto te afastou mais e mais de mim.
Sei que nossas diferenças atrapalharam sim, fingimos não notar, mas no fundo dói demais saber que elas existem.Você tão jovem baby, não sei se deveria insistir, um amor tão complicado assim, talvez nem possa existir. É pena que exista e só eu perceba.
Baby, baby, tenho muito mais pra te dizer, é que o silêncio no meu quarto me amedronta e sinto tua falta no travesseiro ao lado do meu.Tenho passado noites em claro, também confesso que tenho chorado, rezando pra ter você pra mim.
Se puder perdoar minha fraqueza e quiser voltar, estarei aqui pronta pra recomeçar, e desta vez prometo, sem pedras nas mãos.Te espero com o coração cheio de certeza, certeza que nunca deixarei de te amar.
Vou colocar esta carta dentro daquela garrafa de vinho, do último que brindamos, talvez em um outro canto do mundo, um casal de namorados a encontre em uma praia deserta e descubra um dia que alguém amou alguém e teve medo, que não se arriscou pra viver um amor.Um amor imenso e verdadeiro.
Com amor.
Susan.
A garrafa foi localizada trinta anos depois na Prainha Branca em Bertioga São Paulo. Foi encontrada por um casal de namorados que acampava em uma bela noite de verão e lua cheia...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Cacos da cidade

Por: O AUGUSTO
cirilolins@gmail.com



será séria
a vontade
que arde
nessa mente
inconsequente?

preciso
que alguém me diga
que essa minha
nova amiga
nem liga
pra minha intenção?
não

crio juízo final
afinal
não quero ver
ninguém mal

saio de cena
e livro a pequena
de um grande
dilema

e esse amor que nasceu?
e o jardim que floresceu?
o que eu faço com o sonho
que não aconteceu?

não sei.
problema meu.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

ÍNDIA

Por: Vivaldo Terres
vivaldoterres@yahoo.com.br


Índia és das brasileiras a mais bela,
Das brasileiras, és a mais singela.
Cheia de simplicidade e amor.
Es a flor que perfuma o ambiente,
Es o sol que ilumina esta gente
Enchendo o coração de luz e calor.

Este teu corpo moreno
Que o belo sol irradia.
Transmite luz e alegria.

Para todos os teus irmãos.
És a fonte da humildade,
Banhada de esperança.
Com os cabelos soltos
Ao vento pedindo apoio cristão.

Pois o teu povo sofrido
Até então quase extinguido,
Vê em ti a salvação.
Sabem que es guerreira forte.
E que não temes a morte
Com o bodoque na mão

Revelar-se

Por: Paula Kalantã
paulinhakalanta@yahoo.com.br

Cada vez que nossas vidas se encontram
e se encenam numa fantasia,
figuram um mundo na minha própria poesia.
Cada vez que meus olhos
refletem sua imagem,
tal qual um espelho,
parece miragem! delírio ou desejo.
Cada vez que minha mente,
me faz lembrar você,
há um todo que renasce,
há um lado a revelar-se
que vem me entorpecer.

CICAS - informações

"Projeto.Cicas
projeto.cicas@gmail.com

O CICAS enfrenta nesse momento, um delicado processo de firmamento e
regularização.
Após três anos de trabalhos realizados no CICAS, ainda não havíamos tido
acesso a informações concretas que pudessem firmar concessão de uso de
espaço, e o então esperado reconhecimento legal da iniciativa, isso porque a
própria subprefeitura de Vila Maria/Vila Guilherme jamais havia assumido a
responsabilidade pela área, não atendendo formalmente a nossos
representantes e ainda pior, ignorando um pedido formal de informações
protocolado em ofício. Ludibriando-nos com falsas informações, nos
encaminhando a outros órgãos como, por exemplo, COHAB e EMURB, que
prontamente também não assumiram responsabilidade.
Em 11/06, sexta feira passada, Fiscais da Sub-Prefeitura de Vila Maria/Vila
Guilherme, acompanhados por policiais militares e guardas civis
metropolitanos, nos rendeu no espaço, e verbalmente comunicaram que área
pertencia a Prefeitura; e que nós (artistas voluntários em trabalho)
estávamos ilicitamente ocupando o lugar, que seria demolido na segunda
próxima (14/06). Usando da força e autoridade policial, sem nenhum tipo de
notificação, mandato, ou qualquer tipo de documento formalizado, eles
retiraram TODAS as nossas coisas do local (AVENIDA DO POETA, 740 - CICAS)
agindo sob total desrespeito e reforçando a ameaça da demolição.
Pressionamos por todos os lados em busca de respostas para uma atitude sem
dialogo algum por parte do poder público, que afirmava até então que não
tinha Conhecimento da EXISTÊNCIA do Projeto CICAS, que embora recepcionasse
desde o inicio de suas atividades grupos e propostas fomentadas pela própria
Prefeitura, através da Secretaria de Cultura em suas leis de incentivo a
Iniciativas Culturais (VAI) e o Fomento ao Teatro por exemplo. Sem contar a
parceria firmada com a própria Subprefeitura e Secretaria do Verde, através
de ações da Agenda 21, em busca da Formação do *CADES Regional Vila Maria.
Ou seja, argumentos absurdos, que só vem expor a má funcionalidade dos
serviços públicos e a total falta de comunicação entre as Secretarias.
Na segunda 14/06/10. Um grupo de coletivos artísticos fazia a Primeira
Frente de Resistência CICAS, e junto à comunidade participativa do projeto,
com destaque às crianças, estavam prontos para impedir a ameaça de derrubada
do espaço. Vieram a policia e os Tratores, que foram peitados, e veio
também a galera do CQC (TV Bandeirantes), que ta fechando matéria sobre o
caso e pode ir ao ar na segunda próxima 28/06 e que nos apóia na busca das
justas informações.
Conseguimos em reunião com os Responsáveis pelo "Atentado", nesta segunda
mesmo 14/06, onde garantimos um Prazo para tentarmos reverter à situação.
Legalmente entraremos com a defesa, e em processos jurídicos que possam
defender nosso trabalho e patrimônio. Estamos contando com o apoio de
bastante gente mobilizada, entre a mídia, parlamentares, advogados,
engenheiros e a comunidade artística que vem intensificando a programação e
deixando atenta a Comunidade que pode sofrer mais um descaso social perdendo
uma opção de entretenimento, informação, formação e interação como o CICAS,
que foi criado pela e para toda a pessoa que por aqui passa.
Esteja conosco nessa Luta! Acompanhe as atualizações no:
HTTP://www.projetocicas.blogspot.com

Assine dando mais FORÇA a nosso Abaixo-Assinado On-line.

http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/6236
Agradecemos infinitamente o apoio de todos que já estão fazendo parte dessa
batalha, dos mais presentes aos mais distantes. Nós resistiremos!
Ajude-nos a tornar publico o Abuso do Poder movido por interesses
particulares.
Apenas juntos iremos por um BASTA em situações arbitrárias como esta.

Um Abraço a Todos,
Juninho13.

(*CICAS – centro independente de cultura alternativa e social.)

(*CADES - Conselho Ambiental de Sustentabilidade e Cultura de Paz)

terça-feira, 22 de junho de 2010

É GOOOL!

Por: Marcos "Tecora" Teles
marcosrteles@hotmail.com

A seleção brasileira vai entrar em campo. Fábricas interrompem a produção, o comércio fecha as portas mais cedo, pessoas se apressam pra se prostrar em frente à tv.
Não sei quantas horas de programação diária, mas sei que é um longo tempo, só se ouve e vê copa do mundo.
Trinta e duas seleções representam trinta e dois mundos diferentes.Em um país como o Brasil, com um déficit educacional monstruoso, seria uma ótima oportunidade para os meios de comunicação usarem toda estrutura que dispõem para mostrar tantas culturas diferentes, mostrando como vivem, como pensam pessoas de todos os continentes.
Não é isso que acontece, intervalo entre as partidas e lá vem propaganda da cerveja, da rede de fast food, do automóvel...
Fica fácil entender porque se gasta tanto em um evento grandioso, tudo é merchandising. Os jogadores são apenas garotos-propaganda, são poucos os que realmente estão ali por causa do jogo.No final o campeão não importa, importa somente o resultado financeiro, quanto sobrou nas mãos dos mafiosos do esporte.O povo que comprou a cerveja que o jogador mandou, que comprou a lingüiça para o churrasco que outro jogador também mandou, ninguém está preocupado com sua frustração no final.
Daqui a quatro anos tem mais...

Drogaria

Por: Jose Carlos de Alcantara
josecarlospeu@ig.com.br

Ali havia uma casa
Hoje há uma drogaria.
Naquele shopping existia,
Não a muito nem a pouco tempo atrás,
Um brejo.
Aterraram.
Com barro vermelho,
Entulho e saibro
Socaram,C
om bate estacas
E tudo o mais.
Se eu fosse um sapo
Choraria.
Ali havia também um barraco.
Hoje há uma drogaria
De uma rede rival
À drogaria que agora existe
Do outro lado da rua
Onde antes era uma casa
Simples,
De tijolo e cimento,
Que existia.
Ali havia uma árvore
Do outro lado do muro,
Onde um terreno baldio
Também havia.
Hoje a árvore ainda existe
E o terreno baldio também,
Resistem.
Viraram até ponto de encontro
Para os usuários dos produtos
Da drogaria.
Ali existiam corujas,
Sapos, brejos, casas e barracos.
Hoje existem shoppings, prédios,
Estação do metrô,
Drogarias.
Se eu fosse uma coruja poliglota
Chirriava,Piava,Grasnava,Crocitava,
Gritava,
Chorava,
E quem sabe até
Latia.

BABY, baby

Autor: Manogerman ©

Baby.
Doe muito que penso.
Sem você no meu canto.
Fico ao relento.
No entanto te espero baby.
Eu quero e, só quero.
Duelar com o seu regresso.
Assim te espero.
Esqueço-me do que passou.
A dor é muito grande, baby.
Venha e dance.
Dance comigo o maior dos espetáculos.
Pouco custa, a curva é curta.
Logo vem a reta.
Baby.
Vamos junto saltitar nesta festa.
Pela floresta sentir o cheiro
Das flores, dançar como dois.
E depois entregarmos a um só corpo.
Procuraremos algum espaço.
Não me calo, não sabemos do tempo.
E nem da hora, entregarmos ao acaso.
Um simples toque.
Baby.
Em pensamento me distraio.
A estrada para o vale.
Onde degustar o mel e juntos.
Vamos para o céu.
Vamos baby.

(do livro: O Ex-excluído, edição do autor).
Germano Gonçalves - O urbanista concreto

Prêmio Jabuti vem a Suzano para palestra

O premiado escritor Marcelino Freire visita a cidade de Suzano para ministrar a palestra "Solo Pernambucano". A atividade ocorre nesta terça-feira, 22/6, a partir das 20h, no Centro de Educação e Cultura "Francisco Carlos Moriconi" (Rua Benjamin Constant, 682, Centro - Suzano - SP).
Por meio de uma aula-espetáculo, intitulada "Solo Pernambucano", o escritor fala de sua trajetória, lê trechos de sua obra e "provoca" a participação da plateia. A palestra tem como público alvo escritores, poetas, leitores e estudantes universitários. Ela faz parte do projeto Pílulas criativas da Secretaria de Cultura, uma ação de formação avançada e continuada para artistas, fazedores e interessados em arte. A ideia é trocar experiências com artistas e pesquisadores que repassam seus conhecimentos aos aprendizes.
A entrada é gratuita e não necessita a retirada de convites.
Mais informações através do telefone (11) 4747-4180.

sábado, 19 de junho de 2010

O Sonho

Por: Tubarão

Todo mundo sonha
Uns enquanto dormem
Outros acordado mesmo
Levam a vida como desafio
Nunca a esmo
Lutam por seus objetivos
Sempre estão ativos
Enxergam no próximo uma extensão de si
Cadê meu sonho que tava aqui?
Pensei ser doce e comi...
Me lambuzei na delicia de sonhar...
Dei asas a imaginação e pude voar
E por alguns segundos...vi um outro mundo
O mundo dos meus sonhos
O mundo que te proponho
Onde somos igualmente livres
Livres para sonhar...
Mesmo que ainda sem asas para voar!

Tubarão
www.dulixo13.blogspot.com

Fauna, flora & concreto

Por: Samuel da Costa
samueldeitajai@yahoo.com.br


Repousa minha amada...
A fina flor de aço e de concreto!
Repousa e aflora!
Minha inexata flor
No vai e vem
No fim do século...
Aflora a fina flor!
De concreto e de aço
Vive em descompasso
Vive e morre
No aço
No concreto
E aflora
A fina flor
Em descompasso
No fim do século
Que cresce em descompasso
Em meio ao nada
No vazio
A fina flor de aço e de concreto
No fim de tudo
No fim do século
É o Fauno...a regar
A minha divina flor
De aço...
E de concreto
Que cresce
Em descompasso
Que nasce e cresce na fauna!
Dormi e perece
Na fauna e no concreto
A linda flor
De aço e de concreto
Inexata flor
A fina flor de aço
E de concreto
Que nasceu no nada
No vazio
No aço
E no concreto
A minha inexata flor

Samuel da Costa é poeta em Itajaí - SC

Licença de chegar

Por: Akins Kinte
akinsponte@gmail.com
http://akinskinte.blogspot.com/

Pelamor
Sei que as palavras cavam, a mulher crava
E letras batucavam, a mulher suava
E os versos namoravam, sua poesia convidava
Eu também amado. Me dava.
E a folha minha cama
Me deito como quem ama

Pelamor
Palavra, minha mulher não mucama
Meu amor
Entre meu trauma minha trama
Minha viela e minha dor
Meu coração se explana
Na tela
De computador
Pelamor
Como explana?

--
Akins Kinte
http://akinskinte.blogspot.com

Ferréz lança "Cronista de Um Tempo Ruim" na Livraria Suburbano do Bixiga com casa cheia......

Texto: Alessandro Buzo
Fotos: Marilda Borges





Nesta sexta-feira (18/06/2010) o escritor Ferréz lançou seu livro "Cronista de Um Tempo Ruim" (Selo Povo - R$ 5,00) na Livraria Suburbano do Bixiga com casa cheia.
O escritor leu textos, seus e de Lima Barreto (que vai sair na coleção do Selo Povo), além de outros proximos a serem lançados.
Chamou alguns dos seus convidados e abrimos também para alguns poetas presentes como o Duguetto Shabazz.
Sintonia total, os mano da 1 da Sul estiveram presentes, a esposa do Ferréz também.
Presenteei o Ferréz com uma foto, lançamento do meu livro na Nobel, ele e a filha dele, ainda bebê. Foto linda de Marilda Borges.
A ligação Suburbano Convicto x 1 da Sul é de amizade e também parceria, vendemos os livros e produtos do Ferréz e ele também vende os meus, uma troca mais que comercial, uma troca entre amigos.
Fazem 10 anos que conheço o Ferréz, nossa amizade sempre foi bastante sincera e sempre um fortaleceu o outro, que assim seja sempre, por mais 10, 20, 30 anos.....
A Literatura Marginal se faz presente, sempre.
Alessandro Buzo
www.buzo.com.br




Ferréz


Ferréz autografa


Ferréz apresenta proximo autor, Marcão do Capão


Duguetto


Buzo e Ferrez


Mano da Argentina


Toni e sua banda (Negrone e Xantilee) + Célia e garoto


Cebola, aniversáriante do dia, 30 anos. Parabéns !!!


Cris Scabello, Buzo e Decio 7, os manos são do Estúdio Traquitanas (fez trilha do Profissão MC), que fica no mesmo prédio da livraria


Poeta venho de Cotia prestigiar

Claudinei e tantos outros

por Crônica Mendes
cronicamendes@afamiliarap.com.br

Quando Claudinei nasceu,
ás 00:23.
seu pai virou a cara e a vida.
Dizia que a morte era o caminho para esse tipo de gente.
Que tipo?
dessas que não vem programado.
Já chega indesejado, fazendo jus ao ditado.
Cuspido e escarrado.

Claudinei era uma criança, brincando de ser filho de pai e mãe.
As consequências eram tantas quanta as tantas eram as desilusões.
Não tinha ele do lado, em nenhum momento.

Mãe, foi sua primeira palavra,
Pai, só aprendeu a escrever na época de escola.
Então cresceu acreditando só na mãe,
só sabia o que era mãe
De mãos dadas, fugindo do descaso...
A meia-noite e pouco, muitos eram os gritos calados.

Num tentativa de ser feliz,
Claudinei foi para o interior,
com sua mãe e a vida toda pela frente.
Cresceu sob estrela do norte.
Abençoado pela Lua de Jorge.

Hoje, menino homem,
Canta o amor em dose dupla, que não teve
Louva a senhora que lhe deu a vida.
E se mantêm na lida, buscando um dia,
ser tudo aquilo que sempre sonhou.

Ainda chora, mas não lembra do que nunca experimentou,
mas sabe da falta, o mau que causa,
sabe por que o tempo lhe ensinou.
Sem magoa, não está sozinho...
É triste saber de tantos outros pelo caminho.

quarta-feira, 16 de junho de 2010


É GRATUITO,
É PRA COMUNIDADE,
É SÓ CHEGÁ! VEM, VEM, VEM!

SÁBADO, 26 DE JUNHO

PROGRAMAÇÃO:

16HS
ENCONTRO LITERÁRIO
com o escritor SACOLINHA
autor do romance "Graduado em Marginalidade"
e do livro de contos "85 letras e um disparo"
Inscrições: enviar nome e fone para
mesquiteiros@hotmail.com
50 vagas



e na sequência

das 18HS ÀS 20HS
SARAU DOS MESQUITEIROS
microfone aberto pra poesia + mesa de pintura
+ banca de livros + grafite + música
+ dança + esquetes teatrais + alegria
+ sua presença = festa completa

LOCAL:
EE JORNALISTA FRANCISCO MESQUITA
RUA VENCESLAU GUIMARÃES, 581
JD. VERÔNIA - ERM. MATARAZZO

TÁ NA DÚVIDA DE COMO CHEGAR?
CLICA www.mesquiteiros.blogspot.com PRA SABER COMO FAZ!
E VEM.

UM POR TODOS E TODOS POR UM

realização:
MESQUITEIR@S

apoio:
Programa VAI - SECRETARIA MUN. CULTURA

Boêmio

por Crônica Mendes
www.afamiliarap.com.br
www.cronicamendes.blogspot.com



Não gosto de acordar cedo,
pois sou Boêmio.
E por ser Boêmio,
gosto da noite.
E por gostar da noite,
não gosto que o dia seja longo.
E por não gostar que o dia seja longo,
eu não acordo cedo.

Corridinho

O amor quer abraçar e não pode.
A multidão em volta, com seus olhos cediços,
põe caco de vidro no muro para o amor desistir.
O amor usa o correio, o correio trapaceia,
a carta não chega, o amor fica sem saber,
se é ou não é.
O amor pega o cavalo, desembarca do trem,
chega na porta cansado de tanto caminhar a pé.
Fala a palavra açucena, pede água,
bebe café, dorme na sua presença,
chupa bala de hortelã. Tudo manha, truque,
engenho:
É descuidar, o amor te pega, te come, te molha todo.
Mas água o amor não é.

Paulinha Kalantã
paulinhakalanta@ yahoo.com. br

Poeta Xandu pro Tubarão Du Lixo

Banca dos B-Boyzz disse...
Poesia Urbana!
Tipo?

Pra quem da rua é cria,
a cidade é baita horizonte:
em fronte a loja a casa
tanta praça é porta
uma fonte é sorte
a esquina é certa
a polícia é torta
saltimbancos, turba
faz amigos, bonde
a comida é porca
pega a bolsa, passa
cata as compras, rouba
tanta afronta, raiva
se defende, resguarda
o canivete corta
maloca, descarta
se esconde
se arranca
não pisca
se livra
com risos...

o riso
de um rei
como de um lorde
como nunca ria
quase foi feliz...
quase uma alegria...
aquele riso?
Corta!
próximo capítulo:
capitulou na noite
encapuzados, tiros
se livrou do açoite
se encontrou com a morte...

Mas quem se importa?
Quem se importa:
se a fome aperta
se merla é porte
se a vida é corre
se a bala acerta?

Mãe? Cadê você, mãe?

Vários Salves ao Poeta Dulixo !
não é que inspirou? rss
Parceiro virtual
referência real
do parceiro:

Poeta Xandu

COISAS DO FUTEBOL (parte II).

Por: Manogerman
ggarrudas@hotmail.com

Futebol no tapetão.
Apito amigo meu irmão.
Jogo de botão.
Gol com a mão, juiz ladrão.
Torcedores na mira levaram o ingresso.
que era do cambista.
Diretores caixas d água.
Tudo vai água a baixo.
Seleção é ilusão.
Copa do mundo, copa do medo.
Cadê o nosso direito.
A mídia faz sucesso, cadê nosso ingresso.
O olheiro disse não.
Empresários do mercado.
Jogadores pagos seus salários.
Europa, estrangeiro, jogar pelo dinheiro.
O jogo não acaba por inteiro.
Começar desde o primeiro.
Pra ganhar o jogo derradeiro.
Mala preta, mala branca.
Caixa dois e tudo ficam pra depois.

Germano Gonçalves – O urbanista concreto

E o Poder Publico onde estava?



Hoje a comunidade da vila Sabrina presenciou a resistência cultural de um espaço que esta lutando para vencer a burocracia e a falta de dialogo com o poder publico.
No começo do mês de maio começou um boato que o espaço do CICAS iria ser derrubado para ampliação e revitalização da praça ao lado. Não sabendo de nada o pessoal do CICAS continuou com seu intenso trabalho cultural e social com os coletivos parceiros e crianças da comunidade, até que no inicio de junho a pressão tomou corpo. No dia 11 de junho caminhões, policiais e funcionários da sub-prefeitura da vila Maria, foram desocupar o espaço, cheio de ameaças e com uso excessivo da força os aparelhos do espaço foi retirado e jogados na rua, até então a prefeitura não tinha se mostrado afim de conversa. Segunda dia 14 de Junho,a resistêcia se formaou com varias crianças, a comunidade, o povo do CICAS e uma renca de coletivo que impediram e inibiram a demolição, alem disso a equipe do Programa CQC estava cobrindo o caso, os representantes do CICAS tiveram uma reunião a tarde com a sub. Esperemos retorno positivo e que o dialogo possa levar ao poder publico reflexão sobre a função educadora do CICAS na comunidade. Conheça mais o CICAS http://www.projetocicas.blogspot.com/

Tamo junto !!!!! Alessandro Buzo vota Dilma............

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Manual Didático da Vida

Por: José Carlos Alcantara
josecarlospeu@gmail.com

Aprenda a perder
Pois perdemos tudo
Na vida.
Perdemos o ônibus,
O trem,M
as não deixe a vida passar...
Até ela mesma,
Um dia,Acabou!
Vais perder a inocência,
A beleza e Juventude.
Podes perder,
Hoje ou amanhã,
Dinheiro ou saúde.
Mas não perca
A cabeça
Tão já!
Não perca amigos,
Se não perdê-los
For possível.
Não perca a fé,
E, em tudo o que perderes,
Não perca o amor.
E não chores,
Já que sabias
Que assim seria...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

2010

Por: Tubarão



Vivendo a dias entre tanto cinza
A busca por um mais colorido que lhe sirva
De tanto viver no cimento o coração virou brita
Problemas disfarçados com maquiagem...laços e fita
Anorexia imita..ausência de proteína na marmita
O CO2 gratuito entope a narina e irrita a retina...contamina
Murcharam-se as flores do vestido da menina
As lagrimas não saem tem medo do externo
Justiça aqui só vem de blazer ou terno
Quem dá mais por um sorriso?...vão bater o martelo
Nenhum paraíso serve enquanto não se conhece o inferno
Amor não esta nos planos do mundo moderno
Nada adianta o I love You estampando a capa do caderno
Escolha agora...ser feliz ou ter razão
O jogo era amistoso mas virou competição
Pelo pódio e pelo ouro faz de Abel o seu irmão
Igreja é bom negocio...é justo o sócio e ainda ganha o perdão
Abriu um boteco se tornou o patrão...bebe da ilusão
Sem carinho a rosa nasceu com excesso de espinhos
Na rua a fauna é farta e sempre cruzam os caminhos
Só nasceu Hum pra compartilhar do pão e do vinho
As calçadas andam cheias e todos seguem sozinhos
Peça um abraço e seja mais um estranho no ninho
As rédeas apertaram tanto que causaram cegueira
O Policia e ladrão era só brincadeira...seguiu carreira
O grão não era fino...ficou retido na peneira
Ta na cara é mal olhado carrega pra benzedeira
Cobiça é vírus que consome uma espécie inteira
Uma vida de esforços para acumular matéria...
Vários sonhos de bandeja pra alcatéia...
Lá do alto o lobo mal sorri não precisa comer mais véia!


Tubarão
www.dulixo13.blogspot.com

terça-feira, 8 de junho de 2010

Sarau Elo da Corrente promove o "Sarau do Amor"



SARAU DO AMOR - ELO DA CORRENTE
www.elo-da-corrente.blogspot.com

10.06.2010
20h30

BAR DO SANTISTA
PIRITUBA -SP
RUA JURUBIM, 788 - JD.MONTE ALEGRE

NESSA NOITE,QUEM NÃO VERSAR O AMOR
(SEJA LÁ COMO FOR)
SERÁ VAIADO!!!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

GARÇON

Por: Manogerman. ©

Entre as mesas os meus passos.
Em cada cliente um abraço.
Servir a todos faz parte.
Servir é arte.
Servir é um dom da vida.
Ser garçon é ser amigo.
No compasso dos meus passos.
Para com todos estender a mão.
Na bandeja carregar o que deseja.
Este é o garçom.
Que entende cada cliente.
Do mais ousado ao paciente.
Os homens e as mulheres
E até as crianças carentes.
Para com todos tem uma palavra
Que os alimenta.
E ao final de mais uma noite que se acaba.
O garçom desaperta a gravata.
Entre os convidados que se despede.
Volte sempre é o que o garçom pede.
Ao cair da madrugada.
Ajeitar as mesas.
A espera dos convidados.
Olhar firme, olhar de lado.
Anunciando mais uma jornada.
Os clientes têm a palavra.
Um pedido desejado.
O garçom a seu lado.
Sabe que vai ser respeitado.
Por mais um dia de trabalho.


Germano Gonçalves - O urbanista Concreto
ggarrudas@hotmail.com

Torcida Hip Hop e Literatura. Vamos torcer juntos pelo Brasil na Copa do Mundo......

* Estaremos reunidos nos jogos do Brasil (que acontecerem no meio de semana) na Livraria Suburbano Convicto do Bixiga.

* Todo mundo traz uma bebida....entramos com a primeira caixa de latinha, gelo e isopor.



15/06/10, terça-feira (15h30) Brasil x Korea do Norte (1a rodada)
25/06/2010, sexta-feira (11h) Brasil x Portugal (3a rodada)
* Clique na imagem para ampliar........

Zuenir Ventura em Suzano

O escritor Zuenir Ventura fará uma palestra gratuita em Suzano, amanhã, dia 8 de junho, às 20h, na Biblioteca do Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi (rua Benjamin Constant, 682 – Centro). A visita do escritor faz parte do projeto Viagem Literária, desenvolvido pela Secretaria de Cultura em parceria com o governo do Estado.
O projeto dá continuidade ao Trajetória Literária, que é desenvolvido em Suzano e trouxe grandes nomes da literatura ao município, como Ariano Suassuna, Marcelo Rubens Paiva, Paulo Lins, Loyola Brandão e Moacyr Scliar.
Durante o bate papo Zuenir Ventura falará de sua trajetória literária e jornalístiva e conversará com o público, que poderá fazer perguntas após a apresentação.
Para o coordenador literário da Secretaria de Cultura de Suzano, Ademiro Alves, o Sacolinha, as palestras de escritores que são referência na literatura brasileira são exemplos para quem escreve e estimulam o público. “Todas as palestras que tivemos em Suzano foram aulas, sendo que algumas, como a do Suassuna, foram espetáculos. O público aprende rindo, se divertindo e sai do evento querendo ser como os autores, querendo ler ou escrever mais. Um momento impagável”.

A negra Caetana

Por: Samuel da Costa
samueldeitajai@yahoo.com.br

Para Ana Maria da Costa

I
Era quase meio dia, o cansaço e o sacolejar do trem já não incomodava mais, o que mais incomodava, de fato, era sensação de estar em uma viagem sem fim. E a saudades, da terra aonde nascera que apertava o peito, parecia atenuar. E pensar como as coisas estariam indo com seu velho pai, mãe, irmã e amigos? Quando Adamastor de Sousa Andrade, seu velho pai, tinha lhe mandado estudar na capital do país, ele ainda era apenas um guri saído dos cueros. E voltar após estes longos anos longe de casa, intercalados por cartas esparsas e pequenas visitas feito pelos familiares em ocasiões especiais. E quando descera da estação de trem e, notar que pouca coisa por ali tinha mudado, um misto de decepção e alívio bateu fundo em seu ser!
– Ei guri!Quero um cavalo, um cavalo agora mesmo guri! Diz Aureliano de Sousa Andrade para um ‘’negrinho forro’’ ali na estação de trem, um Shakespeare-boy pensou ele, ao relembrar das aulas com o seu professor Aristo de literatura clássica.
– E as bagagens sinhozinho?
– Mando pegar mais tarde ‘’moleque’’, e o Sebastião, não trabalha mais aqui?
– O ‘’nego’’ Tião? Ele morreu sinhozinho!
– Como morreu?
Uma aflição toma conta de Aureliano, e seus olhos azuis de repente perecem querer faltar para fora. E ele sente seu estomago dar um nó. Seu amigo de traquinagens e travessuras de infância, morto? Não era possível...
– Enforcado na praça, o ‘’coroné’’ Adamastor falo que o Tião ‘’robo’’ na fazenda dele sinhozinho!
II
Os olhos verdes reluziam como duas esmeraldas, os lábios carnudos e a pele amendoada realçavam aquela beleza exótica, de pé diante do fogão à lenha foi com um sorriso que ela o recebeu. E o jovem advogado não sabia o porquê de entrar na suntuosa casa pela porta dos fundos. Quem sabe queria fazer uma surpresa, pois todos estavam a esperá-lo somente no dia seguinte. A cena que lhe foi apresentada, mas parecia coisa do destino. Aureliano esperava encontrar a velha escrava Inácia, a negra Naná, sua ama de leite e sua segunda mãe. Mãe dos ‘’cafunés’’ e das histórias da África, com seus amimais fantásticos e guerreiros valentes.
– Qual sua graça?
– Maria da Graça sinhô!
– Não esta curiosa, do por que de um estranho invadir a tua cozinha? A jovem corou de imediato, mas o fato em si não a intrigara, pois Aureliano era muito perecido com seu pai e todos da casa estavam esperando por ele.
– O sinhozinho é filho do coronel Adamastor não é?
– E a Naná, onde ela está agora?
– A minha vó foi vendida no início do ano passado!
– Vendida? Conta-me tudo guria, o que havendo por aqui!Era evidente o tom de perplexidade e desespero na voz do rapaz.
Estupefato, Aureliano escuta os pormenores do que vinha acontecendo na fazenda e cercanias. Pelo que ele entendia dos fatos saídos da boca daquela deusa de ébano. Uma onda de propaganda, abolicionista e republicana, que tinha eclodido no país finalmente chegara ali naquelas paragens. E o coronel Adamastor de Sousa Andrade, parecia comandar a reação virulenta contra ambos os movimentos. Bastava ouvir uns mínimos rumores ou simples boatos para o grupo do coronel agir. E logo o pai de Aureliano comandando um absurdo desses. Aureliano que voltara para casa, com o firme propósito de trazer aquela boa nova para terra onde nascera.
III
O casamento foi simples e discreto, somente para alguns poucos amigos. Entre eles, membros do recém fundado clube republicano e amigos de infância. Se fosse pela vontade de Aureliano de Sousa Andrade não haveria cerimônia religiosa alguma, por ele ser ateu. Mas não pode deixar de fazer a vontade de Gracinha, uma homenagem aos velhos pais dela que já não estavam mais vivos. Aureliano sabia do preço a se pagar, e era alto, casar com uma negra liberta, logo ele sendo filho do coronel Adamastor de Sousa Andrade escravocrata e monarquista convicto. Era romper com o pai em definitivo, em consequentemente com o resto da família e, boa parte da elite conservadora da cidade.
– Tu me ‘’ama’’ Lino?
- Claro amor, claro que te amo!
E era assim quase todos os dias, aquela doce criatura que um dia lhe daria filhos, vivia a perguntar se ele mesmo a amava de verdade. E amava mesmo, aquele diamante negro ainda bruto, que Aureliano de Sousa Andrade teria que lapidar.


Samuel da Costa é contista em Itajaí - SC

domingo, 6 de junho de 2010

Camelô

Por: José Carlos Alcantara
josecarlospeu@gmail.com

O camelô vem gritando
Tudo o que ele tem
Sendo jogado de um lado pro outro
Pelo balanço do trem“-Vem cá!”Chamou-lhe da multidão alguém,
Respeitando o ditado:“Vem cá é baleiro de trem.”
O camelô foi farejando dinheiro
Achando-o um pouquinho aqui,
Outro pouquinho ali,
Sempre atento de ondeO perigo vem.
Tinha mulher e três filhos,Tinha muito que correr o trem
Ia esbarrando num passageiro e noutro
Quanto mais lotado ficava o trem. De repente, camelô saiu em revoada
Medo de apanhar e da mercadoria perder
O som do apito é inconfundível
O colete vermelho prenuncia o pior
“-Já era neguinho,É o rapa!”

Brilho

São fragmentos de meus sentimentos...
Um brilho que me envolve!
Carregado de um novo olhar...
Que correspondo!
Ser presente na sua vida
E sentir essa loucura
Tomas minha boca
Sou sua

Patrícia Raphael é poetisa em Itajaí - SC
e-mail: patrícia.raphael@yahoo.com.br

Poesia...

Por: Tubarão
tubarao013@hotmail.com

"Essa noite não morri de frio...
Deitei na calçada e o papelão me cobriu...
Vestido com a roupa que não me serviu...
Por favor uma moeda tiu....
Estendi a mão e ninguém me viu...
Pobre de amor o coração ta vazio!"

"Do amor quero a essência...
Da mente a inteligência...
Para a vida a paciência...
Das crianças a inocência..
Dos amigos a frequência...
Da paz a urgência..
Do trabalho a competência...
O sucesso é consequência!"

Tubarão - www.dulixo13.blogspot.com

APARIÇÃO

Por: Manogerman. ©.
ggarrudas@hotmail.com

Quando apareci! Pro mundo.
Fui convidado.
A pegar um cigarro, do médico ao lado.
O enfermeiro me mostrou uma lista.
Com vários tipos de uísque.
Não me hesitei e logo aceitei.
Quando eu nasci.
Chorei, gritei! Pro mundo.
Que não queria participar
Do seu assunto.
Quando cresci.
Entrei para faculdade, na maior dificuldade.
O diretor me convidou.
Dando-me uma passagem.
Para estudar na Europa qualquer bobagem.
Foi quando descobriu, que eu já viajava.
Ganhei de presente uma garrafa de cachaça
Da mina com quem eu transava.
Com a cabeça feita, para não dar bandeira.
Fui parar na estrada.
Fazer protesto pelado, com os cães ao meu lado.
Preocupados com meus pensamentos
Sem paz em nenhum momento.
Urinei sobre praças e monumentos.
Não entendia um tal de documento.
Alistar-me para ter aborrecimento.
Casamento de sacramento.
Fui hippe e budista, católico apostólico.
Construí meu próprio diretório.
Senti que a salvação estava em minhas mãos.
Nunca liguei para patrão.
Conheço a palavra sim e a não.
E que para tudo tem um perdão.
Não seja covarde meu amigo ou irmão.
Siga seu próprio caminho.
Faça acontecer seu destino.
Quando envelheci abri.
A porta dos fundos e corri.
Gritei pro mundo, que vi.
Toda sujeira que aprendi.
Com eles que sempre me diz.
Cuide do seu nariz.
E eu lhes perguntava?
“Pra que mentir”.
E agora por onde eu andar.
Sempre vou ter dó de quem amar.
Desculpe-me, mas tenho que viajar.
Talvez uma longa viagem para não mais voltar.
E lá posso comprar um jornal para vomitar.
Sei que ainda vou almoçar.
Com certeza não vai ser caviar.
Pode ser um latão de lixo, transbordando restos fedidos.
Tomar um banho descente,
Escovar meus dentes.
E procurar me repousar.
Apenas descansar, pois eu não morro.
Louco eu corro pra lucidez.
E da onde eu estiver começo tudo de novo.
Com o copo de álcool me embriagar.
Sonhar com a noiva a louca.
O mundo transforma as pessoas boas.
Mas que culpa tenho eu, que me vejo.
Como um tolo que tem medo.
Não quero estragar, você pode festejar.
Só quero um lugar para me deitar.
Vou usar o meu melhor paletó.
Eu já fiz o que tinha que fazer
Agora é com vocês.

Germano Gonçalves – O urbanista concreto.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Guerreiros são guerreiros… Em qualquer lugar

Por Antônio Marco



Meu rolê se iniciou na sexta feira a tarde, mas antes de tudo liguei diretamente pro Rio de Janeiro, “pra da um parecer pra minha pretinha, qual seria o meu role, no bom sentido é claro!” (Detalhes a parte). Direto da São Judas, sentido Av Santos Dumont, fiquei a espera do Coletivo 342, o conhecido e lotado “Jd Cumbica”. Ao embarcar resolvi dar um ligo para o Trindade, pois a essa hora – 17:40 – ele já estava na goma, ja havia firmado com ele há uma semana pra colar na livraria Suburbano Convicto.
Até então nada do parceiro atender, mas na hora lembrei que o parceiro tava no corre de casa, esposa e filhas. Já sabemos qual é a responsa…
Sentido ao centro, lá vou eu! Foi aí que me recordei do 1ª evento e apresentações do grupo N.L.
Na época formando por Nega Sandy, Adriano, Chock , Dj Charles e Marquinho. Fazíamos maior auê no fundo do coletivo, freestyle e eu lá no meio! Por mais longe que fosse a apresentação, estávamos lá com ou sem grana, para expor os pensamentos e idéias para a multidão.
Como de praxe, sabíamos que nossa responsa era subir no palco e mandar o bom conteúdo e trocar idéia com a laia presente do Hip Hop. Hoje, sendo apenas 04 integrantes, eu vejo que muita coisa mudou, tanto para mim quanto para os demais do grupo, não deixando o que gostamos, que é o verdadeiro Rap. Independente das dificuldades pessoais do dia a dia e da vida, pois somos guerreiros e acima de tudo brasileiros.
Chegando no terminal Armenia, lá vou eu de novo embarcar em outro coletivo, 106a – Itaim Bibi (Que rolê mano!). Ao chegar na Suburbano Convicto, Buzo, como sempre recebendo bem as pessoas e logo em seguida DMA, mais um guerreiro bem receptivo também. Na sequência ganhei logo de cara o DVD Mãe do Hip Hop, conheci uma rapziada nova e as 19:30, iniciou-se o bate papo com DMA, no qual ele contou um pouco da sua trajetória e que me fez relembrar algo que aconteceu comigo dentro do hip hop há cerca de 4 anos atrás, e a historia dele veio como fonte de inspiração de acreditar que é possivel, quando lutamos em prol do que queremos, não apenas dentro do hip hop, mas também pessoalmente.
No sábado, não tinha certeza se era possível comparecer no Favela Toma Conta, em São Miguel Paulista devido ao curso técnico que estou fazendo, pois era dia de prova, mas como a parada estava a meu favor, a bendita prova foi adiada (que sorte!!).
Direto da Penha, sentido divisa de São Miguel / Itaim, no rolé, apenas Deus e eu, chegando no local do Favela Toma Conta, a rapaziada estava presente e pude conferir a banca do Rio de Janeiro em peso: MC Marechal, Dudu de Morro Agudo, Pevirguladez e DuGhettu. Sensacional!!!
E para todos verem como é a correria de cada um, independente da quebrade, cidade ou estado, estamos sempre na ativa para levar a boa música em forma de protesto, informação e auto-ajuda, pois Guerreiros são guerreiros, em qualquer lugar.

Antônio Marco
antonio_marco_pereira@live.com – marco_p@ig.com.br – gruponossalaia@gmail.com

Sites
www.nossalaia.tk
www.myspace.com/nlprodu
www.twitter.com/nossa_laia

Pelas Periferias do Brasil - Vol II

Por: José Carlos Alcantara
josecarlospeu@gmail.com
Nova Iguaçu - RJ (Baixada Fluminense)

Fala aê Buzo, beleza cara?
Estou lendo o "Pelas periferias do Brasil Vol. ll". É uma coletânea muito boa. Gostei demais do conto do Augusto Cooperifa, "Sem Sinal", e do conto do Jonílson Montalvão, "Encontro às Avessas".
Falta umas 15 páginas para que eu termine este livro, e já vou emendar na leitura do seu livro "Guerreira". Provavelmente até quinta já devo ter terminado a leitura destes livros, ai passo novamente no Enraizados e pego o "Pelas periferias do Brasil Vol. lll" e mais algum outro da literatura marginal.
Estou feliz em ver que das periferias pode nascer cultura de qualidade.
Parabéns!
Tamo junto!
José Carlos Alcantara

À Buzo

O que fizeram contigo
Foi um abuso,
E, como não fiz nada pra ajudar,
Nem um gesto,
Nenhuma palavra para consolar,
Foram e fizeram o mesmo
Com teu vizinho.
Novamente calei,
Limitando-me apenas
A me sentir indignado.
Abusaram também de outros,
De outros e mais outros
E eu calado me mantive.
Mas, depois,
Vieram de abuso para o meu lado
Roubando esperança,
Semeando alienação.
Eu sem palavras para contestar,
Gritei a única que me sobrara
"Que abuso!"
Mas não havia mais ninguém
Que ainda não tivesse sido abusado,
Nenhum desabusado ao meu redor
Pra me escutar...
Vi, então, que o abuso foi meu
Ao demorar gritar!

José Carlos de Alcantara

Esta poesia é dedicada a você, Alessandro Buzo!
Espero que sirva paramotivar a continuar lutando pelo Itaim Paulista, o que significa, naverdade, lutar por todos nós!