domingo, 6 de junho de 2010

Camelô

Por: José Carlos Alcantara
josecarlospeu@gmail.com

O camelô vem gritando
Tudo o que ele tem
Sendo jogado de um lado pro outro
Pelo balanço do trem“-Vem cá!”Chamou-lhe da multidão alguém,
Respeitando o ditado:“Vem cá é baleiro de trem.”
O camelô foi farejando dinheiro
Achando-o um pouquinho aqui,
Outro pouquinho ali,
Sempre atento de ondeO perigo vem.
Tinha mulher e três filhos,Tinha muito que correr o trem
Ia esbarrando num passageiro e noutro
Quanto mais lotado ficava o trem. De repente, camelô saiu em revoada
Medo de apanhar e da mercadoria perder
O som do apito é inconfundível
O colete vermelho prenuncia o pior
“-Já era neguinho,É o rapa!”

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