quinta-feira, 31 de março de 2011

Literatura (é) a Cura

Acabo de ler o livro "Traficando Conhecimento de Jéssica Balbino (Aeroplano Editora - 505 paginas), abaixo #RESENHA



#RESENHA
Por:
Alessandro Buzo

Do livro: Traficando Conhecimento de Jéssica Balbino

Relutei em pegar pra ler o livro da amiga Jéssica Balbino, por preguiça das suas 505 paginas que já tinha lido parte, quando escrevi a 4a capa.
Quantos outros não passaram na frente, mas falei: - Agora vou ler.
Grande livro, afirmo agora, falo de Traficando Conhecimento de Jéssica Balbino (Aeroplano Editora - 505 paginas).
Mas não imaginava que eu teria tanto destaque no livro, sou citado várias vezes.
Me deixa orgulhoso pelo reconhecimento e me fez refletir até umas horas do peso do que escrevemos pras pessoas que lêem depois e tem sua proprias interpretações.
Não lembrava a forma que tinha conhecido a Jessica Balbino, sabia que tinha vindo via internet, mas não lembrava até o livro dos detalhes.
Ela me mandou um email meio mal educado, porque eu havia dito numa entrevista que TESE DE FACULDADE eu estava cansado de ser, que os universitários que faziam tese sobre Hip Hop não sabiam do que estava falando.
Não queria dizer pessoas da periferia que fura o bloqueio do sistema e faz uma faculdade, assim como era a Jessica Balbino, apaixonada por Hip Hop e formada (a duras penas, quem ler o livro vai saber detalhes da luta) em jornalismo, ela se sentiu ofendida e me escreveu um email (conseguiu o meu com alguém), batendo de frente.
Como minha intensão nunca foi generalizar eu não bati de frente com ela, disse que eu falava abertamente mas que se não cabia a ela, não vestisse a carapuça.
Depois desse começo difícil, acabamos virando amigos. Eu não lembrava mais da passagem, mas pra ela marcou.
Me fez refletir como um texto pode te fazer amado ou odiado.
Como devemos ter responsabilidade no que fazemos, escrevemos. Seja num livro, num texto no BLOG, que vc manda por email....que você publica no jornal de bairro, fanzine.
Tem um peso e as ruas cobram se não tiver argumento.
Achei bem loko a história de vida dela, sabia que era uma jovem periferica, mas não sabia que tinha ralado tanto, que tinha tantas ações ligadas a periferia, hip hop e literatura na sua cidade, Poços de Caldas.
Bem antes de o nome Jéssica Balbino passar a circular com frequencia nos debates, matérias em sites e Blogs e via email, MSN, Twitter, Facebook, a porra toda, ela já lutava, só que começou falando pro seu bairro, depois passou a falar pra sua cidade e agora fala pro país, o mundo é o limite dessa mocinha, uns kilos acima do peso que nem eu (e sofremos preconceito por isso pra caraio), sonhadora, as vezes até um pouco ingênua, mas sempre verdadeira.
O livro é uma história de luta de uma verdadeira guerreira da periferia, uma pessoa que ajuda muita gente e poucas vezes recebe um obrigado e menos vezes ainda é paga por isso.
Trabalha de jornalista num jornal da sua cidade mas só isso não lhe basta. Podia viver só de emprego e salário, mas ela quer mais, quem ir além.
Não deixe que as 505 paginas do livro Traficando Conhecimento lhe afastem de conhecer uma história que precisa ser mostrada como um exemplo que é possível, com muita luta e uma dose de sonhos.
Parabéns Jéssica Balbino, pelo livro e pela pessoa que você é.
do amigo (suspeito pra falar)....mais sincero.
Alessandro Buzo
escritor

www.buzo.com.br

FLI-POÇOS 2011 - Poços de Caldas (MG)

Escritores da Literatura Marginal, rappers, Djs e graffiteiros participam de evento voltado a cultura hip-hop em festival literário nacional
Data dessa mesa: 05 de Maio de 2011


Poços de Caldas, MG – Por acreditar na transformação e na evolução por meio da literatura, a organização do V Festival Literário de Poços de Caldas (Flipoços) organiza, para o próximo dia 5 de maio, um dia voltado, exclusivamente, a cultura hip-hop.
Dentro da programação do festival que tenta abordar todos tipos de assuntos e atingir os mais diferentes públicos, a organizadora do evento, Gisele Corrêa Ferreira, enfatiza a necessidade de explorar mais a literatura marginal, que tem espaço garantido e maior a cada edição.
Neste ano, o evento traz representantes de todos os elementos do hip-hop e debates com personalidades da literatura.






O início do debate será marcado por Alessandro Buzo, escritor e agitador cultural, autor de sete livros e organizador de quatro coletâneas com escritores de todos estados brasileiros, ele comenta a participação no Flipoços. “É muito bom ter o hip-hop em destaque num evento de literatura, no caso do Flipoços. Não é de hoje que o rap traz vários letristas importantes e aos poucos, nomes do hip-hop se lançam na literatura. A tendência é que cada vez mais essa parceria se consolide. Para mim, é uma honra ter sido convidado. Antes de tudo, sou escritor, mas minha ligação com o hip-hop é total, tanto que vou falar do meu livro mais recente, o Hip-Hop- Dentro do Movimento”, salienta.



Alessandro Buzo: escritor e agitador cultural dentro do movimento hip-hop


Não distante do que ele comenta, está o rapper, poeta e geógrafo Renan Inquérito, que participa do festival e conta que através da poesia se descobriu músico e hoje caminha entre as duas linhas. “Antes de ser rapper eu era poeta. Sempre gostei de brincar com as palavras e meu grupo, o Inquérito, traz nas letras e no contexto, uma forte ligação com a literatura marginal. Participar do evento significa expansão artística e profissional, além de representar reconhecimento por um trabalho de mais de 10 anos. Vida longa a Literatura Marginal”, conta, o rapper que no final de 2010 lançou o terceiro disco – Mudança – e que traz numa das faixas a canção Poucas Palavras, em homenagem aos escritores da Literatura Marginal.


A programação traz também intervenção do Dj Mancha, poços-caldense que em 2010 passou a freqüentar saraus e descobriu o gosto pela leitura. “Foi através do hip-hop que percebi que poderia juntar literatura e música. Isso é fantástico. Eu tenho adorado”, diz.

No graffiti, um dos elementos da cultura hip-hop, o convidado é Mundano, famoso pelo trabalho com os carroceiros do centro de São Paulo e por graffitis de contexto social, ele é bastante ligado ao movimento literário e imprime isso em suas obras, que já foram destaque em todo país e até fora dele.

O escritor Sacolinha também vem ao evento e participa do debate, apresentando suas duas novas obras: Estação Terminal e Peripécias de Minha Infância. Bastante ligado ao hip-hop, o escritor foi um dos pioneiros da Literatura Marginal no Brasil.


Para finalizar, o evento traz um pocket show do grupo poços-caldense UClanos, mesclando a arte com a literatura.
O encerramento da noite fica por conta da palestra máster com o rapper, escritor e ator MV Bill. Pela segunda vez na cidade, ele traz um debate sobre tráfico, racismo e escolas.
Para mediar os debates e também participar como escritora da Literatura Marginal e pesquisadora do hip-hop, a jornalista Jéssica Balbino é a convidada.


MV Bill vem pela segunda vez ao festival literário nacional


“Acho fundamental que um evento como o Flipoços, que só cresce, dê espaço ao hip-hop e a literatura. É mais do que provado que o hip-hop pode ser uma ferramenta educacional muito válida e acho que o evento tem introduzido essa ideia com muita propriedade”, destaca.


UClanos é um dos grupos convidados para pocket show no Flipoços

Já para a organização, essa é a oportunidade de atingir todos os públicos e cumprir o papel social e educacional do Flipoços. “Trata-se de uma literatura que está sendo mais respeita no Brasil e nosso intuito é quebrar o preconceito que às vezes existe sobre a Literatura Marginal. Existem pessoas maravilhosas fazendo um trabalho super profissional. Através da literatura e da cultura hip-hop, muitos jovens tem oportunidade de fazer alguma coisa produtiva e muitas vezes, esta é a chance de resgate que eles têm para serem cidadãos melhores e mais integrados na sociedade de forma digna”, pontua Gisele.



Serviço
O Encontro do Hip-Hop acontece no Flipoços
no próximo dia 5 de maio a partir das 14h30 no Espaço Cultural da Urca – Teatro Benigno Gaiga.
Mais informações
Site www.feiradolivropocosdecaldas.com.br
ou pelo telefone (35) 8807-5741

quarta-feira, 30 de março de 2011

Site oficial do escritor Alessandro Buzo - Versão 2011


Site Oficial do escritor Alessandro Buzo é um Portal para os Blog's da SUBURBANO CONVICTO PRODUÇÕES.
Nova cara 2011....confira agora mesmo.

www.buzo.com.br


terça-feira, 29 de março de 2011

TUDO E NADA

Por: Manogerman.

O tudo é tudo de um tudo.
De um nada eu sou o nada, e de um tudo eu sou tudo.
Da terra sou tudo, tudo sou do ar e do mar, do fogo e da água, dos montes, das matas e do vento, do sol e da lua.
Sou tudo da vida e da morte, tudo do sim e do não, da sorte e do azar, do ódio e do amor, do jogo o vencedor e o derrotado, sou o advogado das causas ganhas e perdidas. Sou do paraíso ao elo perdido, o animal e o chacal o homem irracional.
O ontem o hoje e o sempre sou o copo de veneno, a passagem e a viagem o trem que não vem e o que te leva além.
A mulher que sente a dor, o doutor que operou, sou atleta o jogador que fez o gol, o torcedor que vibrou e o que chorou o louco que gritou o bêbado que escorregou, e o ladrão que nos enganou.
Sou a flor que nasceu sou o nome que te escolheu, sou o padre que celebrou o matrimonio que acabou e o que durou, sou o amante que na sua cama descansa, sou a criança que nos quintais brincam de dança, sou a sua felicidade e, sua tristeza que se alimenta sobre a mesa farta ou não.
Tenha toda a certeza de que sou da vida que se vive o tudo e, fiz sonhar os mais belos sonhos para te mostrar que sou tudo e posso tudo.
Sinto tudo ao redor tocando tudo com todos os sentidos, um toque de mão, um toque de olhar, toco no seu corpo e nada sente, pois vou logo à sua semente que te fez de tudo eternamente.
Pare e pense em tudo que tens e, tudo que já teve e o nada que ficou, foram porque de tudo que tinhas nada fizeste para tudo sempre ter, siga tudo, mas não siga todos, siga seu próprio caminho para ter tudo de verdade e lute com vontade com armas ou palavras tudo ou nada ao seu dispor, seja um guerreiro do bem que o nada que tens se torne em tudo no momento das vitórias que vai se conquistando e para o ser tudo vai se glorificando, vá batalhando sempre se superando, ajudando e não se perguntando do tudo que os outros têm, faça seu tudo sem olhar a quem tudo tem.
O tudo que nós temos não nos pertence, não é meu nem é seu não é de ninguém é de algo que nada tem que o significado não nos diz respeito, olhe no espelho e veja fisicamente o que tens.
Pensar somente em bens materiais não! Veja o seu corpo se têm cabelos, um rosto bonito, cabeça, pescoço, braços mãos e dedos tudo perfeito, tem pernas e pé tem um corpo saudável acha que nada tem, mas se lhe falta coragem, força de vontade, amor e carinho compressão dentro do coração.
Desfrutara de tudo que tens, pois não lhe falta nada já tem o suficiente muita coisa para ser um tudo, deve fazer tudo certo.
Agora se olhar no espelho fisicamente e lhe falta alguns dentes, ou outros membros de seu corpo, não se deixem se levar por tais perdas mesmo que doa muito lembre-se que está vivo e, tenha fé, coragem determinação o nada que tens é superado pelo tudo que és.
Podemos ser o tudo na vida, termos tudo da vida, sou tudo no caminho e tudo nos quatros cantos do mundo, tudo no princípio, no meio e no infinito, o nada é a luz no fim do túnel a espera do tudo.
A esperança no ar, um gosto amargo na língua do nada que possuímos, mas o nada é o caminho para o tudo ter, o tudo nada pode superar o nada porque não queremos estar no nada.
Sou do nascimento a morte, sou um tudo há todos os tempos, sou o tempo, tudo eu vejo nascer, chegar e partir. Vejo tudo dos homens que nada tem e dos que tudo tem sente o nada aproximar, ando com tudo e com todos de todos e de tudo posso falar, ter e querer e até mesmo nada ter que faço o tudo acontecer, sou o tudo do nada. O nada é o passo fundamental para o tudo.




Germano Gonçalves – O urbanista concreto.
oescritor1@hotmail.com
http://coisasliterarias.blogspot.com

domingo, 27 de março de 2011

Desabafo

Por: Tubarão
www.dulixo13.blogspot.com


Cade a paz que tanto falou?
Cade o amor que voce prometeu?
Acabou ou esqueceu?
Não...foi tudo um sonho meu
Acreditar que tudo ia ser diferente
Que o respeito ia prevalecer entre agente
Pura ilusão...né não?
Fortaleci...fiquei junto
Chorei...sorri...e agora eis me aqui
Pensando...qual o rumo seguir
Vou na fé...sempre frente
No peito trago Deus...não só no pingente
O positivo neutraliza o negativo...é quente
O bonde do certo não para em ponto errado
Hoje mais do que nunca...eu to ligado
Não existe futuro...se não valorizar o passado
O coração ainda pulsa...as coisas ruins dele agente expulsa
Não vou guardar rancor...longe disso
Mais ainda sinto a dor do espinho
Pois pela linda rosa fui ferido
A estrela se apagou...infelizmente
Deixando o céu mais triste...carente
Mais não vou desistir do bem
O lado mal não vai me fazer de refém
O sol vai voltar a brilhar...me aquecer
Aqui onde agora é lixo...a flor vai florescer
Pois toda dificuldade agente supera
Só não pode abraçar a derrota..senão já era!!

S/TÍTULO

A pele de minha avó: Ébano e partículas de sol misturados
A negrura das curvas de meu amor : pampas e áfricas consumidas
Chimarrão e repouso nos braços da preta
A treta na rua é esquecida num sábado de amor em família.
A treta na rua ainda me instiga um rugido final ...mas preparo-me .
Não é hora pro salto ainda.
Ainda tenho amigos trancados,
Dignos, não pedem nada,
Não imploram, nem se curvam.
Esperam: A Barbárie ou o Caos Racial
Circula na praça o discurso fácil
Velhos aliados possuem as chaves da tranca
Mais do mesmo na boca sedenta de lucros
A desgraça gera fundos
O que finda, razoável, se calar...
Agora se fala a rodo de morte, minha sorte é
Que escapei ileso,
Na picardia,
Sai da lama, observo de longe a loucura atrás da grana e o Movimento
Parado , sócio desgraçado do inimigo.
Meu vento é brisa
Meu poema segue ameno
E meu veneno mesmo é cambalear entre os corpos dos meninos lá da minha rua

Hamilton Borges dos Santos (BA)
Meu nome

sábado, 26 de março de 2011

sexta-feira, 25 de março de 2011

Geração Contaminada... Quem se salva?

Por: Mel Duarte
mel.aduarte@hotmail.com


Parar pra que? Tudo gira, corre, vira... Morre.
Se solta... Cai. Se esquece... Esvai. Se falta... Traí.
Parar pra que? Pisa fundo. Acelera, não freia, não da seta.
Ultrapasse o limite, velocidade máxima não existe.
Não há lombadas para te atrasar, nem outros obstáculos para te parar.
Aliás... Parar pra que?
Aqui tudo é possível, mundo lindo, louco, falsete paraíso.
Aqui onde o final da queda é maciço.
Onde sobrevive só quem não tem juízo.

Vai. Continua não olha pra trás.

Parar pra que?
Agora? Justo agora?

Quando finalmente somos aqueles que não queremos ser.
Agora que nossa aparência convence á todos a adquirir coisas que eles não precisam ter!
Vai, vamos, falta tão pouco...

Pra que parar?

Se todos já foram infectados e faltam poucos para se entregar!
Vai, me diz, parar pra que?

Já é tarde demais... Eles vieram atrás de mim e agora estão de olho você.

Mundo Globalizado

Por: Alessandro Buzo

Muita coisa mudou do tempo do vinil.
Do tempo do Fanzine via carta social (R$ 0,01).
Era mais pessoal, você conhecia alguém e trocava fanzines, escrevia carta, tinha que ir no correio postar.
E a satisfação de receber uma carta, não tinha preço, o carteiro passar e te jogar na mão uma missiva, olhar o remetente e ver que venho de longe, de outros estados, ou mesmo de uma outra quebrada de SP.
Troquei carta com pessoas que até hoje estão na luta, a Landy (hoje esposa do escritor Sacolinha), o proprio Sacolinha, Elizandra Souza, Dimenor do Bristol, Dudu de Morro Agudo (Enraizados), Dexter (Exilado), Walter Limonada, Billy (Penapolis) e tantos outros, até do Mano Brown eu já recebi carta.
Era sempre uma satisfação quando chegava uma, os anexos, a carta escrita a mão, mostrava nas palavras a personalidade e atenção da pessoa, bem diferente do email.
Hoje no MUNDO GLOBALIZADO é tudo mais fácil, rápido e pratico, mas perdeu o pessoal, ficou tudo com cara de spam.
Você recebia um Flyer de um evento, era quase uma convocação pra guerra. Hoje chega 30 por dia no email, MSN (nem uso), Orkkut (nem tenho), Twitter (@Alessandrobuzo), Facebook (Alessandro Buzo)..... mas vc é só mais um dos "SEGUIDORES" a receber, ou está no Mailling de alguém.
Tem muito grupo de Rap que não acompanhou a modernização e paga caro por isso, hoje é tudo on line (até os contratantes).
Eu como sou nego véio, criado quando as ruas do Itaim Paulista era de terra (Salve Rua 5 no Jd Olga onde cresci), comendo pastel na feira e jogando bola nas vielas.
Beira de campo, me tornei um centroavante goleador, todos diziam que era CAGADA, mas todo jogo eu deixava um Gol pelo menos.
Puta saudades de pessoas, lugares, cenas que ficaram na memória.
Triste lembrar dos vários que ficaram pelo caminho.
Me chocou muito um mano chamado Pardal, que jogava bola junto e da fuga com uma mobilete roubada, com a ROTA na bota, bateu de frente num onibus e morreu.
Infelismente foram vários que cairam na truque do sistema, foi pro arrebento pra ter uma moto, um tenis da NIKE, uns pano da moda.
Quantos outros não desandou nas drogas (eu cai e voltei). Mas outros foram até o final (cadeia, morte ou simplesmente ficaram tirados de nóia).
A droga ainda (cada vez mais) está em alta na quebrada, muitas MENINAS (fato raro no meu tempo) tão nessa, muito moleque de 14, 15 anos perdendo a vida, saúde e tempo com alcool, drogas e modinhas.
Cola quinta e sexta a noite, em frente a Casa de Cultura do Itaim Paulista e vai ver do que eu tô falando, jovens sen conteúdo e o pai, mãe....onde estarão.
Cada um cada um, mas nos dias de hoje, onde os pais ficam 12 horas fora de casa, entre trabalho e condução, os filhos estão crescendo sem rumo.
No meu tempo a polícia descia a Rua Cinco e só o cheiro de maconha na mão rendia uma delegacia e se bobear ainda assinava um 16 sem flagrante, só o cheiro. Isso na década de 80. Mas foi nos anos 90 que eu caí, não fiz vestibular na maconha, fui direto no pó, cheirei muitas carreiras por uns 6, 7 anos. No fim da minha carreira de drogado eu fumava mesclado (maconha misturado com crack).
Graças a Deus, tive forças de sair, de dizer Não.
Importante nesse processo, ter me apaixonado pela minha esposa Marilda Borges (esse ano são 13 anos de casamento e ainda estamos em lua de mel), o Hip Hop e a Literatura.
Casei em 1998 já livre das drogas e do cigarro. Ou o cigarro foi pouco depois.
2000 então, quando meu filho nasceu, e lancei meu primeiro livro. Fui teletransportado pra outro mundo, da cultura e dois pai que não abandona, corre junto com o filho.
Minha vida hoje é 100% Literatura e Hip Hop. 100% Família. 100% amigos verdadeiros (poucos) e camaradas (vários).
Claro que não tô de chapéu e vejo uma pá de invejoso, que pobre tem que morrer pobre. Porque você progride um tantinho e já vem zé porva crescer o zóio.
Mas fé em Deus que ele é justo, cada um paga pelos seus pecados.
A rua cobra também, então papo reto não faz curva e mantem a conduta.
Eu ando hoje (a trabalho) por várias quebradas desse país.
Me orgulho de mostrar partes dela na TV onde tenho um quadro no Manos e Minas da TV Cultura.
Me orgulho de ser "referência" pra quem me acha referência, meu orgulho dos meus livros, do meu filme, de tudo que eu faço, mas sem esquecer nunca da onde eu vim.
Sou favela até depois do final, se duvidar é só fazer o DNA.
Romantico sim, saudades do estilo malandreado dos anos 80, das cartaz com fanzine sim.
Mas ligado no 220 nos barato atual também, nos email, blogs, twitter, facebook e o que mais vier ai pela frente. Vamos escrever livro, fazer filme, usar as tecnologia sem deixar elas nos usar.
Prezo mais 3 mil amigo do FACE, outros 2 mil e tanto do Twitter.
Mais ainda os que aparecer no mundo real, quando menos se espera o @sempreandre vira o ANDRE VASCONCELOS no Sarau Suburbano, o @criadasruas vira o gente boa do VATO.
É isso. Mundo Globalizado, mas sem perder a ternura jamais.

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Poesia #Evandro11 - De Alessandro Buzo. Homenagem aos 11 anos do filho Evandro Borges


#Evandro11
Por: Alessandro Buzo (pai)

11 anos atrás ele chegou.
Bagunçou minha vida.
Sacudiu...pra melhor.
Trouxe amor, paz e muita responsabilidade.
Meu provou que a vida é linda.
Mas que o ditado é real: - Não basta ser pai....
Até em arquibancada de futebol eu voltei por você.
11 anos se passaram....
Virei o jogo.
Fiz você participar das minhas coisas também.
Agora eu que digo: - Não basta ser FILHO....tem que participar.
Te amo, conta sempre comigo.

quinta-feira, 24 de março de 2011

ENFOQUE SUBJETIVO

Por: Akins Kinte


Manchei de preto a pagina branca
Quebrando as barreiras invisíveis
Invadi esse espaço que finge ser livre
Indaguei-me interrogado, cheio exclamação.
Se somos tantos! Onde estamos todos?
Entre Parênteses e cheio de reticências
Colchete tranca revolta em garrancho
Pagina branca oprimi letras pretas
Pra não deixar de ser rascunho
E ter sempre dentro de si
Um ponto final

--
Acessem http://akinskinte.blogspot.com/

quarta-feira, 23 de março de 2011

#SarauSuburbano emocionou de novo......

Texto: Alessandro Buzo
Fotos: Marilda Borges


Fuzzil lançou CATURRA


#SarauSuburbano no Bixiga
22/03/2011


Parabéns pra você.....Evandro 11 anos


Vinão autografou seu CD "Alô Brasil"


Ontem (terça-feira 22/03/11), aconteceu mais uma edição do Sarau Suburbano.
Tivemos 2 lançamentos, livro: CATURRA do poeta FUZZIL e o CD "Alô Brasil" do VINÃO.
Além de cantarmos "parabéns pra você" pro Evandro Borges (meu filho) que ontem completava 11 anos e declamou sua primeira poesia, antes ele declamava uma minha (junto comigo)....agora....
Quanto ao Sarau.....foram 25 poetas. Além de várias pessoas que foram pra assistir.
Muitos destaques, muita gente de talento.
Mas o astral, o clima de amizade é um das coisas que mais chama a atenção.
Muita poesia, pra lavar a alma e encher o coração de mais amor, mais cultura.
Outra particularidade é termos em menos de um ano, formado nosso time, a maioria dos 25 poetas da noite, são poetas da "Suburbano" e não de outros saraus como no início.
Lembrando que todos são super bem vindos, de todo lugar e claro, de outros saraus, mas ter nossos "prata da casa".........não tem preço.
Vamos as fotos de Marilda Borges.




Alessandro Buzo


Tubarão, Rocha e Indarte


Nego Panta e Rincon Sapiência


#SarauSuburbano


Mel Duarte


Vários manos


Rincon Sapiência


Emerson Alcalde


Vera e Xantilee


Andre Vasconcelos (@sempreandre)


VATO


Tubarão


Pilar


Dimenor do Bristol


Evandro declamou sua primeira poesia


Rocha


Horácio Indarte


#SarauSuburbano


Nego Panta


Walner Danziger


Jefferson Carvalho


Luter


Henrique (Barraco das Idéias)


Ligia


Paulo Rans


Vinão


Renato


Rodrigo Ciriaco chegou ao final do Sarau, mas deu tempo de garantir seu livro.


Laila


Eduardo


Fuzzil declama


Raquel Almeida do ELO


Casa Verde chegou em peso


Andre Vasconcelos, Luter e VATO


Caturra do Fuzzil


Alô Brasil do VINÃO


SARAU SUBURBANO em abril.....
12 e 26/04/2011
2a e 4a terça-feira do mês

www.sarausuburbano.blogspot.com

segunda-feira, 21 de março de 2011

Literatura (é) a Cura

Acabei de ler o livro "DEVOTOS - 20 Anos" de Hugo Montarroyos (Aeroplano Editora - 316 paginas), super livro, veja RESENHA abaixo...
É o décimo sexto livro em 2011, firme e forte na meta de ler 50 livros.
E você amigo, que livro está lendo no momento ?

RESENHA
DEVOTOS - 20 Anos de Hugo Montarroyos
Por
Alessandro Buzo

Diferente do que sugere o título do livro "DEVOTOS - 20 Anos" de Hugo Montarroyos (Aeroplano Editora - 316 paginas), o mesmo não retrata apenas os 20 anos de carreira da banda punk rock DEVOTOS do Alto José do Pinho em Recife, que antes era DEVOTOS DO ÓDIO.
O livro em suas mais de 300 paginas, traz a história da luta por mais cultura do morro recifiense.
Deferente do que se espera de um morro de periferia, em Recife no Pernambuco, o ALTO JOSÉ DO PINHO apesar de ter outros estilos musicais e até um grupo de Rap de expressão, FACES DO SUBURBIO, tem na cena punk rock o seu grande diferencial.
No livro que foge totalmente do que propõe o título, mostra a história de lutas e superação de várias bandas do ALTO.
Imagina um bando de PUNK nos anos 80 num morro de periferia do nordeste, sinal de preconceito e não era só de "fora" ... no próprio morro eles eram discriminados e taxados de maconheiros sem futuro.
Tomavam vários "saculejos" (tradução paulistana: Enquadros) da polícia.
A virada no conceito da comunidade venho com muito trabalho social, promoção de eventos e continuidade.
Um livro que deve ser lido porque mostra superação, traz curiosidades como o fato de eles (por falta de grana) irem de pé pra várias apresentações.
Conheci o Cannibal no Rio de Janeiro, formamos a mesma mesa num debate no evento APALPE e fiquei impressionado com ele, mesmo se mostrando não muito intímo pra falar em público (prefere cantar e tocar), mas deu seu recado.
Não sabia que "minha fala" também tinha impressionado ele....até o dia que me ligou, pra saber se eu me interessava em ir ao Recife: - Quanto te vi falar no RIO disse que precisava te levar pro ALTO.
Breve essa viagem deve rolar e vai ser muito bom conhecer um local tão impar como o ALTO JOSÉ DO PINHO, ainda mais a convite de uma de suas lendas.
Quer saber mais.....leia o livro "DEVOTOS - 20 Anos" de Hugo Montarroyos, eu #INDICO

sábado, 19 de março de 2011

Sem título

Por: Mary do Rap (RS)

Uma série de acontecimentos dramáticos estão ocorrendo. Parece-me um desdobramento de possibilidades intitulados a nos fazer pensar insistentemente em tudo. E introduzindo ainda mais a ideia de que devemos mudar logo e não deixar que nosso destino aqui na terra termine afundando em um enorme escuro tenebroso.
Sei que toda esta equação foge um pouco de nossa compreensão. Mas o poder surdo de tantos conflitos, tanto desrespeito e tanta falta de amor está colocando o homem num mar desconhecido e num enorme fracasso.
Voces conseguem ver isso?
As circunstâncias assombram e a realidade que vemos, assim como esta que ocorreu recentemente no japão e aqui no sul em São Lourenço é lamentável.Ver tantos sofrendo aos olhos do mundo. E mesmo assim aos grilhões da mais mortificada e triste vida, pessoas ainda sustentam o orgulho, a falsidade e se escondem cegos na hipocrisia. E enviam ajuda em forma de roupas sujas, rasgadas e calçados sendo que um só pé de calçado.
Quando toda esta falsidade vai acabar?
Eu confesso que fico mais estimulada a amargura ao desamparo e a plena consciência de nossa inutilidade aqui na terra. Pois estamos acabando com o planeta, aniquilando identidades, alucinando pessoas com a venda disseminada de drogas e álcool, matando criaturas queridas de outros por nossa própria incapacidade e indiferença. Acho que o homem precisa é confrontar-se consigo mesmo e sofrer na sua insignificância, experimentando o vazio e a desolação.
Vidas estão aos farrapos dia a dia e o homem só quer ser o porteiro do seu castelo na hostilidade, ignorância, alienação e falta de compreensão.
Começemos a analisar logo tudo, façamos um enorme e minucioso exame, antes que a face deste aprisionamento tão tolo chegue ao seu ponto mais culminante.
Olhem para as estrelas acesas e lindas no céu a noite. Vejam as belezas da natureza e a inspiração que tudo isto nos traz antes que elas se tornem apenas lembranças de um caminho frio.
Pois a mensagem está cada vez mais clara e o homem este viajante cego permanece detentor de tanto mal.

TUDO E O MUNDO.

Por: Manogerman.

O homem do mundo.
O filho pro mundo.
O filho do mundo
O homem pro mundo.
Eu sou o homem, sou do mundo.
Sou o filho pro mundo.
O Homem é tudo para o mundo.
O mundo é tudo para o Homem.
O homem e a mulher no mundo.
A mulher do mundo, a filha pro mundo.
A mulher ama o homem do mundo.
O homem ama a mulher no mundo.
A vida e o mundo, o tudo do mundo.
Os rios e mares do mundo, o vento sopra o mundo.
A chuva molha e o sol aquece o mundo.
As matas e morros do mundo.
A fera e as belezas do mundo tal como a natureza do mundo.
No mundo tudo passa tudo fica.
A vida é no mundo, do mundo para o mundo.
E do mundo nada se leva, pois o que é do mundo ao mundo permanece.
O mundo gira, o homem gira no mundo.
O homem é um gira-mundo.
O homem brota no mundo, vive no mundo.
O sentimento é pro mundo a dor do mundo.
Chora no mundo, ri do mundo.
Anda pelo mundo, para com o mundo.
Ama no mundo, sofre no mundo.
Joga no mundo, corre do mundo.
Pensa no mundo, odeia e ama o mundo.
Sonha com um mundo, constrói e destrói no mundo.
Acaba com o mundo, com tudo do mundo.

Germano Gonçalves – O urbanista concreto.
(escritor)
http://coisasliterarias.blogspot.com

Fuzzil convida....



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