sábado, 19 de março de 2011

Carência

Por: Mel Duarte


Supor que o amor que ela lhe jurou
Fosse de todos os sentimentos
O que geraria menos dor.

Até pensar em não mais se atrever,
Na fechadura da porta mexer.
Insistiu a cor da boca marcar
Procurando em seu corpo um seguro lugar

Queria fazê-lo entender
Que a pureza vem da natureza ao nascer.
Explicou que a falta gerava carência
Respirou fundo e lhe pediu paciência.

Pode deixar a criatividade te levar
E ao seu lado um mundo novo explorar.
E a malícia brotada nos olhos, naquela hora.
Chegou a ser, a seu ver, uma nova aurora.

Menina que não lhe deixa dormir,
Saudade do sossego que chegou a existir?
E essa pele preta que hoje invade teus lençóis
É o troféu que ganha quando ficam á sós.

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