segunda-feira, 30 de agosto de 2010

LITERATURA MARGINAL.

Por: Manogerman.
ggarrudas@hotmail.com

Ligada ao hip-hop e literatura de rua.
Algo que vai fundo.
É fatal, se ficarem na sua.
Mexe com você, mexe com o poder.
Marginais não são:
Eu nem você. É o poder!
Marginal eu sou porque as margens
De uma página eu dito o movimento.
Escrevo o pensamento.
Não grito liberdade às margens de um Ipiranga.
Das margens faço as minhas estradas.
A faculdade do meu conhecimento.
Não tenho formas possa ser que eu tenha talento.
Querem apagar num abrir e fechar de um sinistro olhar.
Preocupa-se com documentos.
Alto lá, se não és marginal?
Não sabem que meu sonho é real.
Alguém dormindo logo acorda.
Pesadelo à vista daquilo.
Para alguém é um perigo.
Não tem amigos e tão pouco inimigos.
Não é fenomenal e tão pouco marginal.
Somente o poder pra nos dizer:
Liberdade de ir e vir por quê? Pois eles querem assim.
Queremos é a estrada sem fim.
Poder pra mim é ir e voltar sem coagir.
Liberdade de agir.
Sabendo entrar e sair.
Esta vida é uma labuta.
Só se vence com muita luta.
Literatura marginal.
Na rua está sentada.
As margens da estrada da poesia.
Que na certeza essa vingará.

Germano Gonçalves - O urbanista Concreto

O Menino Magricela e o Menino de Mãos Dadas

Por: Claudia Canto
claudiacantos@hotmail.com


Era uma vez um Menino Magricela, quem não morava no castelo como a Cinderela e não era branquinho como a Branca de Neve, mas era muito, muito feliz, como só as crianças são capazes de ser!
Como todos os dias, ele levantou do papelão onde dormia, pegou sua capa de Super Menino de Rua, não escovou os dentes, não tomou café, não recebeu o bom dia da mãe, e não foi à escola.
Saiu diretamente para brincar no seu quintal, o centro de SP.
Centenas de pessoas passavam por ele e nem por um momento enxergavam uma criança, apesar de ter cara de criança.
Naquele dia ele saiu esbaforido pelas ruas, querendo brincar e rir de tudo e de todos.
Sua primeira vitima foi o tiozinho que dormia na caixa de papelão na esquina da R. 24 de Maio, com a Av. Ipiranga, em frente à calçada de um banco.
Aproximou-se lentamente da caixa do tiozinho, estufou os pulmões e deu o grito mais alto que conseguiu. O tiozinho levou um susto tão grande, que a sua casa improvisada desmoronou em segundos.Extremamente irritado, saiu correndo atrás do Menino, disposto a lhe dar umas palmadas.
Mas como o tiozinho estava bêbado, logo caiu tropeçando nas próprias pernas.
O Menino não pensou duas vezes, voltou ajudou o tiozinho levantar e o levou de volta para a sua casa de papelão.
Depois pegou um barbante amarrou no seu carrinho de plástico, e saiu puxando pelas ruas do centro.
Puxava o carrinho com tanta emoção, que não viu na sua frente, o Menino de Mãos Dadas. Daí para tropeçar em cima dele, foi apenas mais um passo.
A mãe assustada puxou o Menino de Mãos Dadas para junto do seu corpo, e xingou muito o Menino Magricela,ameaçando chamar a polícia.
A mãe em nenhum momento percebeu que o Menino Magricela, era também uma criança.
Acalentou o seu filho e indignada empurrou o Menino.
Então o Menino Magricela, pegou a sua capa de Super Menino de Rua, e se defendeu da forma que mais conhecia: CORRENDO.
E de longe gritava: bunda mole, bunda mole, mole, mole…
O Menino de Mãos Dadas, sem entender o significado daquelas palavras perguntou: mãe a minha bunda é mole?
E a mãe respondeu: não liga para ele, é ladrão, moleque de rua, drogado.
Depois o puxou pelas mãos, e entraram no MC Donalds, pediu dois Mcs lanches felizes. Saciados esqueceram o assunto!
Enquanto isto o Menino Magricela, continuava correndo, aprontando e rindo de tudo e de nada.
De repente parou, olhou para os lados, tirou a sua capa de Super Menino de Rua, pegou do esconderijo sua lata de cola, saciou a fome… Depois continuou correndo puxando o seu carrinho de plástico amarrado no barbante.

sábado, 28 de agosto de 2010

Medo

Por: Danilo Henrique
danilo_creze@hotmail.com


Sinto-te
Não queria
Mas sinto-te
No escuro dos meus olhos
No fundo do meu peito
Nas pontas dos meus dedos.

Não só o frio me arrepia
Não só a chuva me impede
Não só a água me sufoca
E vivo contigo no dia a dia

Tento sempre te esquecer
Será que vou vencer?
Na tarde penso em ti
Vendo o sol adormecer.

Já me envergonhastes de mim mesmo
Por tua causa
Muitas vezes sem causa
Nesse momento dou pausa

Em muitos locais
Não vejo vitoria
Como é o gosto da gloria?
Como vai ser o fim dessa historia?

Não sei usar minha virtude
Minha força
Minha ousadia
Minha atitude

Há vai saber
Muitos devem te sentir
Até pior que euMas sei minha identidade, u sou eu.

Essas palavras eu jogo ao vento
Pois o sentimento perpetua
Falo do meu medo
Minha vida simplesmente continua.

EM VÃO

Por: Manogerman
ggarrudas@hotmail.com

Nada é em vão
Tudo é simples.
Tudo na palma da mão.
Conhecer
Palavra sim.
Palavra não.
Pode-se, dizer sim.
Pode se, dizer não.
Perdão para mim.
Perdão para nós.

Germano Gonçalves - O urbanista Concreto

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Buzo 10 Anos - O Livro



Vem ai o livro "Buzo 10 Anos" , um livro comemorativo aos 10 anos de carreira do escritor Alessandro Buzo, com 10 textos sobre os 10 anos e 10 fotos, até o preço é 10, 10 conto.

Suburbano Convicto Edições

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Tenda Literária com Elizandra Souza.....na Zona Leste de SP




Neste sábado (28/08) a Tenda literária volta à praça.
Será na Praça Francisca Monteiro Santana na Vila Cisper, na Av. Olavo Egídio (veja como chegar ao local no blog do tenda: tenda-literaria.blogspot.com) a partir das 14h.

Nesta Tenda teremos a oficina "A Mulher na Literatura Periférica" com a escritora Elizandra Souza.
Também teremos a presença do escritor Sacolinha com o lançamento de seus novos livros: "Peripécias de Minha Infância" e "Estação Terminal".
E para encerrar nossas atividades seguiremos em cortejo até a escola Estadual Jornalista Francisco Mesquita onde nos juntaremos ao Sarau dos Mesquiteiros.
Com a presença do grupo de Maracatu Os Suburbaque's.

Contamos com você!
Camila Freitas

Conheça nossos trabalhos: www.ipejota.org.br
Conheça também: tenda-literaria.blogspot.com


Elizandra Souza é convidada do Tenda Literária na Zona Leste, proximo sábado

Foto: Marilda Borges

Cabística

Por: Samuel da Costa
Itajaí - SC

Oh Sereia dos rios e dos lagos...
Doce serpente...
A banhar-se e a mirar-se nas águas.
Vem me seduzir!
Embair-me!
Oh Quianda sagrada!
Quero naufragar e morre em teus braços!
No pelágio mais profundo quero sumir
Quero sumir e morre em teus braços...
Ouvir teu canto mais sagrado...
Viver e morrer em teus braços...

domingo, 22 de agosto de 2010

Frase do GOG



(arte)...Tubarão

Triste realidade

Por Fanti Manumilde


Ainda lembro quando esta família mudou-se pra cá. De fato só queriam um lugar para morar.
Era apenas outra família brasileira, que sempre batalharam a sua vida inteira.
Vindos do nordeste, do sertão de Pernambuco, na ilusão de construir um belo futuro.
E felizmente alcançar um bem estar familiar. Só que uma coisa você tem que lembrar.
O nordestino aqui cara nunca tem vez. Desrespeitado e humilhado pelo o que não fez.
Para conseguir emprego tinham que ser alfabetizados. Com o filho pequeno pra criar ficaria embaçado.
E à um abrigo foram encaminhados. A incerteza naquele momento seria inevitável.
O futuro agora era incerto. O fracasso estava cada vez mais perto.
Infelizmente era uma triste realidade. Morar na rua foi uma grande fatalidade.
É parceiro não havia outra solução. O favor cedido é sempre pago com ingratidão.
É foda as condições que a sociedade oferece. Desnorteados pensaram em retornar ao nordeste.
O jeito foi morar embaixo de um viaduto. A verdade nua e crua, este foi o refugio.
Ninguém merece tal constrangimento. Catando papelão então o pai tirava seu sustento.
A mãe pedia esmolas diariamente no farol. Fazendo chuva ou fazendo sol.
Que o filho pequeno não passasse fome. O que a sociedade rejeita, é o que a gente consome.
O governo não ajuda aquele que é pobre. A negligência dele é a causa da nossa morte.
O ser humano aqui não tem mais valor. Este é o motivo do ódio preenchido de dor.
Uma família faminta com os sonhos destruídos. Por que tudo isso teria acontecido?
Destroem o povo, matando o núcleo familiar. É um ciclo que nunca irá acabar.
Sempre houve o descaso com o nosso povo. Hoje em dia nossa vida escorre pelo esgoto.
Só quero paz para as pessoas sofredoras. Mesmo sendo esta a última coisa.
O valor da vida não existe mais. Segura na mão de Deus e vai.
Enquanto isso nas ruas a miséria aumentava. O crescimento da violência sem controle aumentava.
A sobrevivência sempre foi de forma precária. Nunca houve ajuda que fosse necessária.
Tudo isso ocorre no final dos anos oitenta. E a cada ano surgia um novo dilema.
Sem esperança, era só frustração. Com o passar do tempo outra desilusão.
Eis que invadiram um terreno abandonado. No qual aquela família construiria um barraco.
No Sacomã, mano, ali no Heliópolis. Aí quem é pobre faz como pode.
Não morariam mais embaixo de um viaduto. Um barraco agora seria o tal futuro.
Numa carroça a pouca mobília era trazida. Pra ser sincero quase nada eles tinham.
Depois de alguns anos vivendo na mendigagem. Desde quando fizeram aquela frustrada viagem.
Agora amigo era seguir em frente. Arranjar um emprego que fosse decente.
E um dia deixar de catar papelão. Nada como ser considerado um cidadão.
Não mais ter que pedir esmolas. Sei que ninguém quer viver dessa forma.
Todos só querem um pouco de dignidade. O mais cruel é o sistema que ferra de verdade.
Só que o tempo é um relógio que não atrasa. A convivência na favela violenta é o que embaça.
No período de pior crise, o desemprego se faz presente. O mínimo salário foi ficando ausente.
O filho agora adolescente tem que trabalhar. Os seus estudos como vai conciliar?
Quem é pobre estuda, porém não come. Ou então trabalha pra não morrer de fome.
Sem experiência o jeito foi arranjar um bico. Na humilhação de ganhar meio salário mínimo.
Era ‘osso’ as condições naquele momento. A revolta foi conseqüência de tanto sofrimento.
O sufoco aumentava com os pais desempregados. Iriam viver de novo aquele terrível passado.
E o mano se vê bastante indignado. Enfrentando sol e chuva dentro de um lava rápido.
Não são todos que suportam o peso da cruz. No final do túnel não existe aquela luz.
O chefe da família encontrou-se com a cachaça. Alcoólatra desiludido ele logo se acaba.
Entregue totalmente ao mundo do vício. O final trágico não seria difícil.
Sem alimentação adequada ou tratamento ele adoece. Sem recuperação ao relento aquele homem falece.
Não sei direito, mas aquilo parecia previsto. Na situação de morto exposto ao ridículo.
Poucos se comovem, isso é o que dói. Ele era pobre não era playboy.
Este foi o seu fim, o ponto de partida do que aconteceria logo em seguida.
Um tombo atrás do outro não deixa alternativa. Fica muito fácil em desistir da vida.
Porém a vontade de viver consegue superar a morte. Sabemos que a miséria em nossas vidas percorre.
Agora o mano teria uma nova responsa. Segurar a bronca da coroa e da goma.
A coroa com a saúde um pouco abalada. Já de idade e ainda por cima desempregada.
A lembrança do passado o faziam chorar. São marcas profundas difíceis de apagar.
Com o bico que fazia não piava muita grana. O rango era pouco durante toda semana.
Sem tempo de estudar assim vai seguindo. Queria voltar aos estudos, só pensava nisso.
Dar uma força pra coroa e construir sua goma. Ser digno na vida e não mais ficar a toa.
O mundo gira maluco e você tá ligado. Década de noventa o destino está traçado.
Na favela o crime cresce sem precedentes. Seqüestro, tráfico e chacinas são mais freqüentes.
O desemprego influi na explosão da violência. O povo morrendo é a principal conseqüência.
E quando olharmos pra trás o que veremos? Carne crua sangrando num passado violento.
O que fazer com o mundo que existiu ao seu lado. Porque não tinha mais aquele emprego sacrificado.
Por outro golpe não estava mais empregado. Tinha sido despedido do lava-rapido.
Sua vida agora não teria mais significado. Sonhos desperdiçados.


www.twitter.com/FANTIMANUMILDE
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sábado, 21 de agosto de 2010

Mano Brown, depoimento sobre o Manos e Minas



Foi exibido no ultimo programa que foi pro ar.....14/08, um pedacinho, assista o depoimento inteiro.
Salve Brown, tamo junto !!!!
Alessandro Buzo

Sobre a TV Cultura e o Manos e Minas

Maria Rita Kehl - O Estado de S.Paulo

Um dia a massa há de provar do
biscoito fino que fabrico.
(Oswald de Andrade)


Que pena. Cada vez que me decido a escrever uma crônica mais leve nesta coluna (não ouso dizer literária. Bem, já disse), o sentimento do mundo me pega não como a doce melancolia do poeta, mas como um paralelepípedo na testa. Não sou capaz de recusar o debate público. Deve ser um sintoma grave, desses que não têm cura depois de certa idade.
Desta vez, a acalorada discussão em torno do projeto de desmanche da TV Cultura me pegou pela cabeça e pelo coração. O economista João Sayad é um homem público respeitável. Conseguiu botar em ordem as finanças da Prefeitura de São Paulo depois da calamitosa gestão Celso Pitta. O ministro Fernando Haddad contou que foi em conversa com ele que surgiu o projeto dos CEUs, oásis de cultura e sociabilidade a quebrar a aridez da vida nos bairros mais pobres da cidade. João Sayad não precisa de prestígio. Já tem.
Por isso não entendo o que o levou a assumir a presidência de um empreendimento que ele não conhece, não parece interessado em conhecer e, acima de tudo, evidentemente não gosta. Até o momento não li nem ouvi falar de nenhuma proposta criativa de Sayad para a TV Cultura. Nenhum novo projeto de programa, de modificação na grade, nenhum novo conceito sobre o papel da única tevê pública de canal aberto do Estado mais rico do Brasil. Tudo o que se sabe é que o economista veio para cortar gastos. Demitir ¾ dos funcionários! Impossível imaginar que a Fundação abrigasse 1.400 empregados inúteis. Tal enxugamento da folha de pagamentos visa a exterminar o quê? A própria programação.
Tudo leva a crer que Sayad não tinha ideia do que a TV Cultura já fez e ainda faz; em reunião interna demonstrou desconhecer até mesmo um diretor da importância do Fernando Faro, embora não haja sinais de que vá interromper o melhor programa musical do País, que além do mais se tornou um arquivo vivo da memória da música brasileira. Fora isso, terá vindo apenas para encolher os gastos da emissora, com a fúria de um exterminador do futuro? Não haverá argumento que o convença da importância de usar dinheiro público para a experimentação, a invenção e a aposta em programas de qualidade, diferenciados da mesmice das emissoras comerciais? As primeiras notícias falam em venda dos estúdios e dos equipamentos, demissões em massa e redução da TV Cultura a um pequeno e mesquinho balcão de compra de enlatados. Faz tempo que uma decisão política não me causava tristeza tão grande.
Sendo a economia de verba sua única proposta, gostaria de saber qual o destino de todo o dinheiro que ele haverá, sem dúvida, de poupar com o encolhimento da Cultura. Que se revejam as contas da emissora para eliminar possíveis desperdícios e inoperâncias, vá lá. Mas por que um Estado rico como o nosso precisa ser tão mesquinho nos gastos com sua TV pública? Uma Secretaria (infelizmente entregue a outro homem que não gosta disso) que pode manter a Osesp para usufruto da elite paulista, que pode construir um luxuoso Teatro da Dança, outro da Ópera, para a mesma elite - não pode manter uma TV experimental para um público, não necessariamente elitista, mas pequeno? O argumento é que ela é irrelevante em termos de Ibope. Então, tá. Quantos milhões de telespectadores são necessários na planilha do atual gestor para justificar a existência de uma emissora que funciona como laboratório de programas ligados à cultura brasileira e internacional, e que conta com um público muitas vezes mais numeroso do que o que cabe na Sala São Paulo? Não escrevo isto para criticar a Osesp. Que floresçam mil Osesps pelo Estado, pelo País. Uma só Osesp é mais progressista do que todas as pontes e viadutos que um governo possa construir. Faço a comparação para mostrar o absurdo de se desmontar, com argumentos de planilha, uma televisão pública que utiliza sua verba para oferecer biscoito fino à massa.
Escolho, para terminar, o triste exemplo de um programa que já foi extinto pela atual direção: Manos e Minas. Um corajoso programa de auditório dedicado ao hip hop, levado ao ar ao vivo nos sábados à tarde sob o comando de Rap in Hood, que estreou em CD lá por 2000, cantando: "eu tenho o microfone/ é tudo no meu nome". Ter acesso ao microfone e falar em nome próprio: na plateia, meninos e meninas de pele escura, "bombeta e moleton", não se distinguem dos mesmos meninos e meninas que sobem para dar seu recado no palco. Enfim, alguém teve a ousadia de dar visibilidade à atividade musical dos jovens da periferia de São Paulo, acostumados a só existir na mídia quando algum dentre eles comete um crime.
Manos e Minas não precisa de argumentos de segurança pública para se justificar. Dar espaço ao rap na televisão é importante por si só. Mas a decisão de acabar com o programa nos faz refletir sobre o modo como a elite paulista concebe a inclusão simbólica da periferia na produção cultural da cidade: não concebe. Daí que a pobreza, aqui, seja um problema exclusivo de segurança pública. A extinção de Manos e Minas lembra, não pelo conteúdo, mas pelo princípio operante, as desastradas políticas de "limpeza" da cracolândia. Quem mais, senão uma TV pública, poderia investir na visibilidade dos artistas da periferia?

Inacreditável, surpreendente, mágico, fantástico.....foi só isso o primeiro SARAU SUBURBANO no Itaim Paulista

Texto: Alessandro Buzo
Fotos: Marilda Borges


Foto coletiva no final do Sarau Suburbano
Espaço Suburbano Convicto na Casa de Cultura do Itaim Paulista


GOG, Nelson Maca e Buzo no trenzão da leste, linha Brás x Calmon Viana


Um brinde ainda no Bixiga, a caminhada estava apenas começando

Ontem !!!! sexta (20/08)promovemos a primeira edição do SARAU SUBURBANO no Itaim Paulista, a atividade já acontece na Livraria Suburbano Convicto no Bixiga.
A cada mês, teremos um convidado especial e pra começar em grande estilo tivemos logo dois....Nelson Maca (BA) e GOG (DF).
Esse convidado especial é só nas edições do Itaim Paulista, no Bixiga é o "Encontro de poetas de vários saraus da cidade", entre eles Brasa, Elo e Ademar, nossos padrinhos e madrinhas (no caso da Ademar).
Mas judiamos dos convidados, como pensei que eles estavam de carro, recebi visita deles a tarde na Livraria do Bixiga, mas a carona deles encerrou ali e estavamos sem transporte pra ir pra quebrada, todos amigos que tentei estavam em outro rolê e (eu) não tenho carro. Solução......trenzão. Pouco antes do horario de pico total (17h), pagavamos o cara de lata no Brás (Buzo, GOG, Nelson Maca, Tubarão, Marilda e Evandro)...só eu mesmo....pra voltar o Ciriaco trincou e levou eles. Ainda no metrô, antes do trem, uma senhora reconheceu o GOG: - Meus filhos não vão acreditar......
Atendendo a nossa convocação pra colar no fundão da Zona Leste, pra comungar a poesia no Espaço Suburbano Convicto na Casa de Cultura do Itaim Paulista (Rua Barão de Alagoas, 340) a casa lotou.
Gente não só de fora como da comunidade do Itaim Paulista, entre eles integrantes dos 2 saraus que já existem na quebrada "Griots" e "O Que dizem os Umbigos" que rola hoje (21/08).
Enfim, mais um espaço nosso pra mostrar a nossa gente e a nossa arte.
Toni Nogueira filmou e em breve teremos uma versão no YOUTUBE.
Neto (ator do Profissão MC) chamou a namorada Taís, aniversáriante do dia e cantou um PARABÉNS PRA VC.
Foi o primeiro sarau de algumas pessoas.....o CACAU RAS por exemplo, declamou em um pela primeira vez.
Ao todo foram 23 poetas, de várias quebradas, quem chegou com a gente foi o Caroço Arte Maloqueira, a Samara, Timu, Emerson, Daniel, Nêne Criminal Rap, Andrio, Cacau Ras, Cassio Aquino, GSA, Leandro Quirino, Henrique, Negro Dill, Tubarão, Vagner da Brasa, Rodrigo Ciriaco, Maira Jóia, Toddy One, Buzo, Emerson Alcalde, Michel Yakini, Nelson Maca e G.O.G.
Foram muitos momentos emocionantes, alguns poetas aplaudidos de pé.
Nelson Maca quebrou tudo na sua primeira intervensão, depois voltou no final.
Pra fechar com chave de ouro, direto de Brasília, o poeta do Rap Nacional G.O.G. que encantou a todos.
Noite pra guardar na memória e no coração, um momento único que amizade e arte.
Antes que eu me esqueça, tivemos 3 poesias via twitter do GOG (@GOGpoeta), eu lí YURI, Jéssica Balbino e X-Barão, participação virtual que já rola no Bixiga.
Em setembro tem mais, uma edição no Bixiga e outra no Itaim Paulista.
Sem palavras pra descrever minha emoção, não esperava a casa tão cheia, muita gente colou de outras quebradas, São Bernardo, Guaianazes (em peso), Cangaíba, Brasilândia, Pirituba, enfim, não sei se eu mereço tanto carinho e atenção, mas a comunidade merece o melhor, sempre....a missão segue.

Alessandro Buzo
Sarau Suburbano
www.buzo.com.br


GOG


Nelson Maca e Buzo



Michel Yakini


Rodrigo Ciriaco


Chapéu e sua noiva


Daniel do Sarau O QUE DIZEM OS UMBIGOS


Andrio


Tubarão Du Lixo


Emerson Alcalde


Nelson Maca surpreende quem não conhecia sua poesia preta


Samara


Participação da comunidade mostra força


Nenê do Criminal Rap que fez semana passada o Hip Hop contra o Crack no Jardim Helena


Emerson da quebrada


gente por todos os lados


Tais foi surpreendida com os PARABÉNS PRA VC do Neto e de todos juntos com ele.....no final Neto soltou uma das sua perolas: - Minha namorada queria casar e ser feliz, disse pra ela escolher, uma coisa ou a outra.....


GOG atendeu a todos no final


Tubarão no trem

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Sarau o Que Dizem os Umbigos - 1 ano de luta

Sarau o Que Dizem os Umbigos - 1 ano de luta

PROGRAMAÇÃO
Apresentações artísticas (aberta à todos, tempo limite 15 minutos por apresentação, quem for se apresentar deixar o nome na lista)

Lançamento dos livros:
PERIPÉCIAS DE MINHA INFÂNCIA - SACOLINHA (20 reais grátis uma camiseta do livro)
ESTAÇÃO TERMINAL - SACOLINHA (15 reais grátis uma camiseta do livro)

Exposição de arte:
Lillipute Dolls - Bonecas da artísta plástica MÔNICA BARRETO.(preços de 5 à 40 reais)

DIA 21/08 às 18:00 horas
Sarau O QUE DIZEM OS UMBIGOS - 1 ano de luta
Local: Casa de Cultura do Itaim Paulista
Av. Barão de Alagoas, 340
contato Samara Oliveira: 9740-9626 (Vivo)

Entrada GRÁTIS
http://www.arteparamudar.blogspot.com

Entre flores, tempestades & mares

Por: Samuel da Costa
samueldeitajai@yahoo.com.br


Entre flores, tempestades & mares
Para Rute Margarida Rita
Ajuda-me a viver
Nessas horas de tédio...
De desesperos
E de desesperanças!
Quando ninguém mais notar...
A minha presença...
É você entre...
Flores, tempestades & mares!
Em tediosas horas...
A fazer-me companhia...
Na minha hora do ocaso!
Na aurora da minha vida...
Na solidão do meu quarto!
Vem ser minha companheira...
Nesses momentos de dor
E do nada!
Quando não sobrar mais coisa alguma...
Vem me seduzir
Na solidão e no vazio do meu quarto.

Samuel da Costa é poeta em Itajaí-SC

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Perdida

Por: Paula Kalantã
paulinhakalanta@yahoo.com.br



Perambulo, sem rumo, sem destino
nos sentidos vários da vida.
Pois há em mim um vazio.
De repente, em minha frente
apareceu uma sombra,
vejo-a na luz da saudade,
é a sombra de você,
que vem em meus pensamentos
sombrios,
preencher esse vazio.

Free Style.....

Por:Douglas Eduardo Matos de França - VLW
dougsk1@hotmail.com
Salto-SP


Sei que ta dificil ser alguem no rap hoje em dia
Mais nasci pra ser guerreiro da periferia
E assim que é quando eu pego o mic nao tem pra ninguem
Se rap for dinheiro eu só tenho nota de cem

mais to ligado quem gosta de rap nao rima por dinhero
No meu improviso eu represento o povo brasileiro
E como o timao ganhei a batalha invicto
Satisfaçao conversa com a SUBURBANO CONVICTO

Nas minhas batalhas garanto eu rimo com competencia
Nao faço apologia as Drogas e nem a violencia
Eu to ligado ainda tem uns vacilao
que escuta rap e faz cara de discriminaçao

Mais ta firmao vamo acaba com tudo isso
Porque como diz sabotage o RAP É COMPROMISSO

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Buzo mostra Livraria Suburbano Convicto do Bixiga no Site RADAR URBANO

Só + um diferente

Por Alessandro Buzo

Um misto de alegria e dor, vivo isso todos os dias....
Na vida loko que me propus a viver, querendo ser multi-cultura num país que não valoriza.
Ousando sair da favela e ocupar lugar de destaque em eventos como o Fórum Social Mundial e tantos outros.
Porque não nasci + um, ai um emprego me bastaria, um carro seria minha meta de vida, sobrar uns troco pra cerveja e a cachaça eu já estaria no lucro.
Mas não, Deus quis que eu fosse "um diferente" que escreve e sangra.
A culpa é do Hip Hop e da Literatura, se eu não tivesse ouvido aqueles Rap´s, se eu não tivesse lido aqueles livros, minha vida seria melhor....
Porque se eu não fosse um diferente, uma favela pegando fogo não doiria tanto em mim, uma pessoa que dorme na rua no inverno, os nóia na cracolândia, a favela do moinho sem agua, a fome e a miséria. Se não fosse o Hip Hop e a Literatura, não me incomodaria com nada, pensaria só em mim e dormiria tranquilo, não acordaria de madrugada pra escrever esse texto.
Neste mundo a parte vejo muita dor, descaso, injustiça.
Mas o que me faz continuar é que no meio disso tudo ainda vejo beleza, alegria.
De ver um lançamento de livro da periferia pra periferia, ver um mano que "eu" incentivei a ler dando continuidade, chegando numa cadeia e saber que todos presos (Fundação Casa) leram meu livro e eu sou um pop star pelo menos ali, ver um filme feito pela gente sendo exibido no cinema com casa cheia, ver um sarau lotado de irmãs e irmãos declamando poesia.
Doi ver pessoas proximas e queridas ainda vendo BBB,A Fazenda, Busão do Brasil e outras merdas, mas quantos ja não resgatamos, quantos ainda não vamos resgatar.
Se eles tem as TV´s, jornais e revistas.
Nós temos os sites, blogs, boca a boca, becos e vielas.....espalhando a notícia via sinal de fumaça.
Eles até podem parecer mais fortes as vezes, mas quanto maior, maior será o tombo.
Hoje a periferia não aceita tudo calado, viram a mobilização com o fim do "Manos e Minas" ??? #salveomanoseminas #vaciloTVCULTURA
Hoje a periferia contesta e a elite treme.
Eu sou + um diferente que sangra quando escreve, mas que vai escrever até a ultima gota, nem que com isso eu venha a morr..........

terça-feira, 17 de agosto de 2010

CONTROVERSIA

Por: Manogerman

Nascemos e somos viciados.
Submetidos a princípios.
Desde o inicio do mundo.
Não queremos participar do seu assunto.
Crescemos e mudamos o rumo.

Germano Gonçalves - O urbanista Concreto
ggarrudas@hotmail.com

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

"Ultimo" Manos e Minas foi a prova que alguém ta vacilando....

Programa Manos e Minas da TV Cultura, de 07 de Maio de 2008 até o ultimo sábado (14/08/2010), foi o tempo (2 anos, 3 mêses e 7 dias) que ele esteve no ar.
Nesse tempo teve 3 apresentadores, Rappin Hood, Thaíde e Max B.O.
Me orgulho muito de ter feito parte disso, desse projeto.
Principalmente pelo conteúdo que mostrei no meu quadro "Buzão - Circular Periferico", fomos 44 quadros pro ar, ficaram 2 que a TV não exibiu e vamos lançar no YOUTUBE ...Campo Limpo com o Binho e Guarujá com os jovens da Oficina Querô.
Estivemos em lugares que a TV só costuma mostrar no programecos policiais, fomos lá e mostramos o outro lado, o que ninguém enxerga, não vê porque não quer....mostramos o que de bacana rola em Pirituba, Cidade de Deus-RJ (único fora de SP),Parque Bristol, Itaim Paulista, Chacara Santana, Jardim Brasil, Fundação Casa (U.I. Itaquera), Osasco, Jardim Leme (Taboão da Serra), Bixiga (periferia do centro 1), Suzano, Itapevi, Heliópolis, Vila Nova Curuça, Praia Grande, Paraisópolis, Especial de final de ano 2008 (com vários dos acompanhantes), Caieiras, São Bernardo do Campo, Baixada do Glicério (periferia do centro 2), Favela do Canão, Especial Show do Dexter no Peruche, Praça da Sê (Especial 50 anos da declaração do direito das crianças), Diadema, Vila Itaim, Comunidade Nelso Cruz no Belenzinho, Santos, Sumaré-SP, Campinas, Jd Peri, Piracicaba, Morro Doce, Morro do Querosene, Ermelino Matarazzo, São Matheus, Vila Brasilândia, Homenagem à Dina Di, Cidade Tiradentes, Carapicuíba (Especial Fórum Mulheres no Hip Hop), Favela do Godoy, Vila Fundão, Embu das Artes, rolê com Dexter em Campinas e por fim Camburyrinho. Fora os 2 citados que não chegaram a ser exibidos.
Agradecer é claro, as pessoas que foram nossos "acompanhantes" em cada uma dessas quebradas e todos os outros que estiveram nos quadros. Salve Michel Yakini, MV Bill, Terno, Beto Guilherme, Sérgio Vaz, Trutty, Sandro Soares, Dingos, Funk Buia, Thobias da Vai Vai, Sacolinha, Tom RHK, Fanti, Carlão, Andrea MF, Guga Brown, Bonga, Walter Limonada, WX, Daniel Almeida, Delcio Teobaldo (part. especial de Esmeralda Ortiz), Nino Brown, Da Antiga, Dudu Radiotron, Tubarão, Douglas (Realidade Cruel), TIM, Cezar CAGEBE, Mamel Cortez, Dill Magno, Poesia Maloqueirista, Chapéu Rádio Filó, Val do OPNI, Vagner da Brasa (fim de 2009, gravamos além do quadro, um piloto de um programa de 30 minutos que está pronto), Homenagem Dina Di (entrevista com ela), Claudia Canto, Lunna, Ylsão, Fernando Fundão, Zinho Trindade, Dexter e Zé Raimundo. Sem vocês não seria possível.
Fico pensando nos lugares que faltou a gente ir e talvez por lá só vá TV no Programa do Datena. Uma pena....
Saio da parada de cabeça erguida e sentimento de missão cumprida, mas com dor.
O misto de dor e alegria invadiu meu peito nesse ultimo sábado, quando a TV Cultura exibiu o """""""último""""""" Manos e Minas.
Dor de saber que nossa gente perdeu um espaço que sempre foi democratico e mostrou o lado bacana da periferia, mostrava o HIP HOP (nenhum outro programa ou emissora), mostrou tanto na TV Brasileira.
Alegria porque o último programa foi do arregaço, muito loko, muito bom mesmo.
No comando Max B.O. , no palco como atração musical o grupo "Sensação", meu quadro com a molecadinha do futebol em Cambury, nas periferias ao redor dos condomínios de luxo, o Emicida com a Fabiana Cozza no "A Rua é Nóiz", depoimentos de pessoas importantes como KL Jay e Suplicy, anôminos como os manos e minas da Z/L, pedindo pelo programa a cada ida pro intervalo e o fechamento o MANO BROWN dizendo umas palavras, entre elas....O que é bom recomeça.
Um programa em alto astral, afinal ninguém gravou sabendo que era o último, e se pá nem vai ser, já profetizou o Mano Brown.
Agradeço de coração pessoas com quem eu trabalhei nesses dois anos, a DGT Filmes (que sempre foi quem produziu meu quadro), Rappin Hood, Halls, Allan, Thaíde e Max B.O., Ricardo Elias, Nico, Ramiro, Juju DenDen, Crís, Andrezza, Cocada, Catatau, DJ PRIMO (in memorian), B.Girls, Fabi, Andrea Bom Bom (detonou na edição desse último, sou seu fã), Maria Amélia, Mariana, Trutty e outros que agora me fogem o nome.
Enfim, estamos todos ai, com muito gás ainda e coisas bacanas pra mostrar.....
Mostramos nossa força na internet #Salveomanoseminas (bombou no Twitter), mas o sentimento mesmo eu acho que criei durante a exibição do "último" programa, no mesmo Twitter........ #VaciloTVCULTURA.
É isso, missão cumprida...
O futuro a Deus pertece.

Alessandro Buzo....o "Buzão"
www.buzo.com.br

domingo, 15 de agosto de 2010

Literatura (é) a Cura

Acabei de ler "Poesia na Brasa - VOL II" (Coletivo Cultural Poesia na Brasa - 216 paginas)
Gostei muito, o livro ficou muito bonito e tem vários bons textos e bons autores. Destaco poesia "Phillip Morris" do Dill Magno, entre outras
Tem também nomes consagrados da Literatura Periferica como Vagner Souza, Michel Yakini, Raquel Almeida, Samanta Bioti, Akins Kinte, Marciano Ventura, Tais Lopes, Lids Ramos entre outros....muitos poetas além do "Sarau da Brasa", também de outros...eu "Alessandro Buzo" também tenho um texto.

Uma Realidade.........Espaço Suburbano Convicto ta bombando....




Espaço Suburbano Convicto na Casa de Cultura do Itaim Paulista é uma realidade

texto: Alessandro Buzo
Fotos: Marilda Borges

Ontem (sábado, 14/08), o "Espaço Suburbano Convicto" na Casa de Cultura do Itaim Paulista estava lotado de jovens, fazendo as 3 oficinas do dia e pegando livros na Biblioteca.
Só nos meus melhores sonhos eu poderia imaginar que em apenas uma semana de projeto em andamento, tanta coisa bacana estivesse acontecendo. Eu acreditava, mas ver acontecer é emocionante.
Estamos apenas começando, proxima sexta temos o "Primeiro" SARAU SUBURBANO na quebrada, ele já acontece na Livraria Suburbano Convicto do Bixiga e vai trazer como convidado do mês, o poeta Nelson Maca de Salvador_BA e o rapper GOG de Brasília.
Imensamente agradecido aos 8 artes educadores das nossas oficinas, que tem vestido a camisa e dado o melhor para somar nesse sonho coletivo.
Aos funcionários da Casa de Cultura do Itaim Paulista que nos acolheram muito bem.
A comunidade do Itaim Paulista e região que estão começando a vir, participar, adquirir conhecimento para não cair no golpe do sistema que tenta nos deixar burros, com o conteúdo de seus jornais, revistas e programas de TV.
A minha felicidade nesse momento não cabe no mundo, ela é do tamanho do infinito.
Sem pagar simpatia pra quem torce contra.....e de braços abertos pra quem acredita num mundo melhor....
Alessandro Buzo
www.buzo.com.br
Curador do "Espaço Suburbano Convicto"

Casa de Cultura do Itaim Paulista / Espaço Suburbano Convicto
Rua Barão de Alagoas, 340
* Todas atividades são gratuítas


Oficina de Hip Hop (lotada)


Atendimento na Biblioteca com Alessandro Buzo, Marilda Borges, Cacau Ras e Jefferson Carvalho


Nossa Biblioteca está sempre cheia, Deus é mais...........


Buzo fala e faz poesia p/ jovens da "Oficina de Desfile de Moda" que acontece na Casa de Cultura do Itaim Paulista, não faz parte do "Espaço Suburbano Convicto" mas estamos juntos e misturado


Axé orienta a oficina de Graffitti


Oficina de Graffitti do Arte Educador Axé


O sambista Beto Guilherme visita o "Espaço Suburbano Convicto" nesse sábado


Tubarão da entrevista para garotas de uma escola pública da quebrada que solicitou que elas fizessem esse "trabalho escolar"


Tubarão durante sua "Oficina" de Arte a partir de materiais recicláveis


Jordan na Oficina de Arte DU LIXO

SUBLIME PAI

Por: João Roberto Vieira


Pai....tu és um sublime nome,
Porque desde o primeiro homem
A partir de Deus, depois Adão;
Fazes brotar na floresta do amor,
Com a companheira que te deu o Senhor,
Todos os filhos que ai estão.
E qual o filho que não ama o pai?
Quem neste mundo não vem ou vai,
Sem estar sempre lembrando o te nome?
Quem não deseja ver-te feliz,
Quem neste mundo, ou neste País,
Não te considera o maior dos homens?
Tu, pai querido, que neste mundo controvertido...
...e nesta vida cheia de amor,
Lutas para obter o nosso sustento;
Com lágrimas e suor, ganhas o nosso pão,
Terás, por isso o nosso coração...
...e o nosso eterno reconhecimento.
Quisera, papai,
Ser rico, para amenizar á tua pobreza,
Ter alegria, para matar a tua tristeza
E ser livre para dar-te liberdade;
Ser forte, para tirar-te dessa fraqueza,
Ser rico, para dar-te riqueza
E ser feliz, para dar-te felicidade.

João Roberto Vieira - Poeta em Ilhota - SC
ilhotaprevjr@hotmail.com

Aos Amigos, Muito Obrigado!

Por: Marcos"Tecora" Teles
marcosrteles@hotmail.com


Cada um de nós é como uma onda
Que o oceano leva de um lado à outro
E seguimos sendo empurrados pela brisa
e enfeitiçados pelo brilho encantador das estrelas

Às vezes queremos ser vento
às vezes queremos ser nuvem
Queremos sempre ser um pouco de cada coisa ao mesmo tempo
E aprendemos a amar sem ninguém nos ensinar...

Encontramos pessoas vida afora
e dividimos frustrações
desencantos e também os delírios
E essas pessoas chamamos de amigos
e são eles que nos fazem prosseguir
como o vento soprando a nuvem

Porque os amigos pagam à vista
nossos sonhos e financiam nossas loucuras
E nada do que queremos ser,seremos sozinhos
Porque é preciso dividir com alguém
o peso nos ombros,a carga na alma
a lágrima e também o sorriso

Sonhamos em transformar o mundo
porém, cada um de nós tem seu mundo particular
E não podemos ajudar a transformar o mundo de quem não quiser
Mas sempre podemos mudar nossa casa e nossa rua

Podemos mudar o mundo cuidando uns dos outros
aprendendo a nos responsabilizar por todos
cuidando dos nossos filhos
e do filho do nosso vizinho também

Às vezes queremos ser vento
ás vezes queremos ser nuvem
mas às vezes também queremos ser rochedo
Porque o rochedo é como sonho,não envelhece nunca

Porém,muitas vezes queremos ser tempestade
Somente pra poder varrer as ruas e alamedas
pra varrer os lugares
por onde os sonhos dos nossos amigos irão passar...

sábado, 14 de agosto de 2010

Espaço Suburbano Convicto traz cultura ao Itaim Paulista

A (R)Evolução está apenas começando....Itaim Paulista, NÓIS Q TA !!!!



* Clique na imagem para ampliar.....

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Estivemos no "ZAP"....filme "Profissão MC", debate com Buzo, microfone aberto, DJ e SLAM....Emerson Alcelde foi o ZAPEÃO da noite....

Texto: Alessandro Buzo
Fotos: Marilda Borges


Nois q ta no "ZAP"
Essa foto: Evandro Borges


As mina no comando do "ZAP"


Zinho Trindade ficou em segundo lugar no SLAM


Emerson Alcalde que mereceu levar o Prêmio de ZAPEÃO


Buzo da entrevista e faz poesia com o filho Evandro pra TV GAZETA


Buzo lê poesia pra TV Gazeta

Ontem (quinta, 12/08), estivemos (Buzo, Marilda Borges, Tubarão e Evandro Borges) no evento de SLAM "ZAP"...eu (Alessandro Buzo) era o convidado especial da noite.
Chegando ao local "Núcleo Bartolomeu de Depoimentos", fomos muitíssimo bem recebidos.
O ZAP fica no bairro da Pompéia. Bairro classe média alta de SP.
A noite começou com a exibição do meu filme "Profissão MC", depois um breve bate papo comigo e na sequência sarau "microfone aberto", fiz uma poesia junto do meu filho Evandro Borges.
Após o sarau, rola um som com DJ (ao vivo) e por fim o SLAM, seguinte as regras mundiais do SLAM, o ZAP vira um duelo de poetas com 5 jurados que dão notas a poesia, a maior e a menor nota são descartadas.
Foram 10 poetas até se conhecer o ZAPEÃO que foi o Emerson Alcalde.
Eu arrisquei, mas fiquei na primeira fase quando dos 10 sobraram 5, dos 5 sairam os 3 finalistas e por fim o ZAPEÃO.
Achei o evento muito bacana, indico. A proxima edição é dia 09/09/2010.


Alessandro Buzo no ZAP


Talento


Marilda Borges e Estela
essa foto: Evandro


Jota

Rocha, Akins, Bantu, Buzo, Tubarão e o ZAPEÃO da noite Emerson Alcalde

Tubarão (Du Lixo), Akins Kinte, Buzo e Evandro Borges


Buzo e a simpática apresentadora do ZAP


Buzo e XUXU


Buzo e a turma do ZAP


Buzo autografa seus livros


O grande prêmio do ZAP, uma pilha de livros....