por Crônica Mendes
cronicamendes@afamiliarap.com.br
Quando Claudinei nasceu,
ás 00:23.
seu pai virou a cara e a vida.
Dizia que a morte era o caminho para esse tipo de gente.
Que tipo?
dessas que não vem programado.
Já chega indesejado, fazendo jus ao ditado.
Cuspido e escarrado.
Claudinei era uma criança, brincando de ser filho de pai e mãe.
As consequências eram tantas quanta as tantas eram as desilusões.
Não tinha ele do lado, em nenhum momento.
Mãe, foi sua primeira palavra,
Pai, só aprendeu a escrever na época de escola.
Então cresceu acreditando só na mãe,
só sabia o que era mãe
De mãos dadas, fugindo do descaso...
A meia-noite e pouco, muitos eram os gritos calados.
Num tentativa de ser feliz,
Claudinei foi para o interior,
com sua mãe e a vida toda pela frente.
Cresceu sob estrela do norte.
Abençoado pela Lua de Jorge.
Hoje, menino homem,
Canta o amor em dose dupla, que não teve
Louva a senhora que lhe deu a vida.
E se mantêm na lida, buscando um dia,
ser tudo aquilo que sempre sonhou.
Ainda chora, mas não lembra do que nunca experimentou,
mas sabe da falta, o mau que causa,
sabe por que o tempo lhe ensinou.
Sem magoa, não está sozinho...
É triste saber de tantos outros pelo caminho.
sábado, 19 de junho de 2010
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