terça-feira, 22 de junho de 2010

Drogaria

Por: Jose Carlos de Alcantara
josecarlospeu@ig.com.br

Ali havia uma casa
Hoje há uma drogaria.
Naquele shopping existia,
Não a muito nem a pouco tempo atrás,
Um brejo.
Aterraram.
Com barro vermelho,
Entulho e saibro
Socaram,C
om bate estacas
E tudo o mais.
Se eu fosse um sapo
Choraria.
Ali havia também um barraco.
Hoje há uma drogaria
De uma rede rival
À drogaria que agora existe
Do outro lado da rua
Onde antes era uma casa
Simples,
De tijolo e cimento,
Que existia.
Ali havia uma árvore
Do outro lado do muro,
Onde um terreno baldio
Também havia.
Hoje a árvore ainda existe
E o terreno baldio também,
Resistem.
Viraram até ponto de encontro
Para os usuários dos produtos
Da drogaria.
Ali existiam corujas,
Sapos, brejos, casas e barracos.
Hoje existem shoppings, prédios,
Estação do metrô,
Drogarias.
Se eu fosse uma coruja poliglota
Chirriava,Piava,Grasnava,Crocitava,
Gritava,
Chorava,
E quem sabe até
Latia.

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