Por: Samuel C. Costa
Contista em Itajaí - SC
O sargento Tavares escuta o som das ondas a bater nas pedras, e o cheiro da maresia a lhe invadir as narinas e, não pode deixar de pensar na infância pobre que teve, estava ele com seu discurso pronto. –Canalha, maldito, calhorda! Diz Tavares de si para si mesmo, agora diante do genro, um branco total toma sua mente e a ideia de matar o jovem diante dele de repente lhe vem à cabeça, um lampejo apenas.
– Angelina minha filha vem aqui, quero que tu também ‘’escute’’ o que tenho pra dizer. –Diz o policial em tom paternal–. Olha rapaz, tive que emancipar minha filha pra ‘’casa’’ contigo – o policial militar para e toma fôlego, pois tinha que continuar – agora que ela ‘’ta’’ grávida, tu me apronta uma ‘’desta rapaz’’, vender a casa que comprei para vocês dois morar e queimar as roupas do teu filho, que sequer nasceu ainda! Não vou te prender agora rapaz, mas creio que tu vai em cana logo, bem logo rapaz – O velho sargento se recusava em dizer o nome do genro. E ele tinha um pressentimento a respeito daquele rapaz e de fato, dias se passaram após essa conversa e André de Sousa Andrade que nunca cometera um ato ilegal na vida fora preso após um assalto mal sucedido. E em sua nova residência encontraram armas, mercadorias roubadas e drogas.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
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