segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Cotidiano

Por: Tubarão Dulixo
tubarao013@hotmail.com


Converso com meus versos
Busco um que sirva
Para me livrar da angustia que contamina
Vem na mente minha mina...
Como faço para juntar meus laços...
E constituir uma família...
Seguir em frente em minha trilha...
Lutando por melhores dias
Sento no meu canto...
No papel ladainhas e meus prantos...
Como forma de acalanto...
Uma reza para o santo...
Muita fé e muito trampo...
Meus sonhos eu mesmo faço...
E não falo de doce... e sim de espaço
Mas se quiser lhe dou um pedaço
Porque viver sem rumo é que é fracasso
Pessoas passam pela terra...
Acumulam matérias....
Entopem de ganância suas artérias
Consomem coisas...adquirem vícios, vírus e bactérias
Tornam a vida tão séria...
Que as crianças já não cabem nela...
Falta tinta na aquerela...
Vida fácil é de novela...
Maquiagem pra favela...
O sapatinho aqui não serviu na cinderela
Não posso me fazer de cego...
Também tenho culpa...não nego
Minha cruz eu já carrego
Desviando de pregos e martelos..
Aqui num tem black tie ou terno...
É bermuda sem camisa e chinelo
Magrelo mas sem apetite pra farelos
Tirando arte dulixo...de improviso
De um rosto fiz nascer um sorriso
Tirando o arroz e feijão é disso que presciso
Pois tantas foram as andanças...mudanças...crianças
Pra trás ficaram-se as tranças...mas seguiu comigo a esperança
Flutuando entre a tempestade e a bonança..
Sem desistir...pois sou fiel escudeiro daqueles que nunca se cansam!



Tubarão

Nenhum comentário:

Postar um comentário