domingo, 3 de outubro de 2010

Repercussão e debate

Salve gente boa do blog, essa semana publiquei 2 textos na internet que foram publicado em alguns sites e blogs, além de uma repercussão monstro no Twitter (@Alessandrobuzo)....ambos os textos foram muito discutidos, BINGO, gerou o debate que era minha intenção.
Um dos textos falava de Hip Hop e o outro da grande mídia que vive nos boicotando (o Hip Hop e a literatura periferica).
Abaixo alguns dos emails que recebi, vamos por pra fora o que a gente pensa, pra buscar a EVOLUÇÃO.
Pronto pra luta, não me calo nunca.
Alessandro Buzo
www.buzo.com.br

Hip Hop - Vamos crescer ?

Salve buzo!!


Aqui KIM ISAC de Floripa, man...faço o coro forte das suas palavras, o hip-hop precisa crescer e sair dessa dependencia artistica, passamos por um momento delicado onde o hip-hop sofre um retardo cultural, devido a falta de criatividade para gerar o crescimento em outras areas, a discussão midiática é algo para ser presente e constane em qualquer debate, mas nosso contigente sequer sabe debater, não participa, não apóia,nem em reunião para organizar o próprio evento ele vai, geração de marrentos que não condiz com a realidade brasileira do hip-hop, onde a humildade e a vontade de fazer o hiphop crescer ordenadamente édesconhecida.

Eu realizei um evento aqui em Floripa-SC, mega evento, 3 dias de debates,oficinas,lançamento de livro,shows nacionais,basket...e no maior local de eventos de floripa, a passarela do samba, e entrada gratuita..bom...a idéia do evento era para mudar o conceito negativo que o rap ganha a cada dia...mas meu irmão..a mesma fita que aconteceu com vc, os manos me ligando, indo na minha casa, puxando o meu saco, " quero tocar mano""meu grupo é foda, e não pode ficar de fora disso" entre outras pérolas, eu dizendo com paciencia a cada um deles...mano a pegada é outra, precisamos de mano para militarf o ano inteiro, esse evento é para debate e a questão artistica é detalhe, vamos contribuir com ações....mas meu irmão, após realizar esse evento, eu me tornei inimigo numero 1 de diversos grupos que nem sequer eu sei o nome, 400 grupos para tocar em um espaço detempo que cabe apenas 15 grupos locais, dai mata...e explicar que cada um que tocou, foi com o critério de participação em outras atividade realizada por mim...isso até hj nao entrou na cabeça dos "manos" e quando vamos evoluir?eu quando vamos crescer em qualidade e não em quantidade, quem deve tá feliz com esse crescimento é a fabrica de microfone que nunca viu tanto aficcionado por eles, mas o debate? a midia?a produção?os outros elementos? pq isso não cresce junto? pq é o falso status que o palco dá, muitos desses manos poderiam contribuir e muito , mas de outra forma, mas preferem mendigar espaço, e continuar a saga do conformismo....vamos crescer?ou vamos ficar nesse rumo, que ja sabemos qual é o final....viva o hip-hop..mas acima de tudo viva a realidade que muitos nao enxergam.....hip-hop é coletividade!!!!
ABRAÇO BUZO
KIM ISAC PRETOMAN
broncafirme@hotmail.com

Buzo,
Já tinha visto sua indignação no Twitter.
E só o que eu tenho pra te falar é que, antes de ser jornalista, eu sou Fernanda, carioca, negra, da periferia e militante!
Concordo plenamente com você e com o impecável texto do Gilpones.
Os mcs,djs etc,esquecem que antes de serem mcs,enfim...antes de estarem no palco,é preciso que alguém monte o palco!
Acho que você faz o certo:Nós temos que estar com pessoas que estão por nós!
Nós temos que agradecer todos os dias por estarmos produzindo,lançando cds,mixtapes...
Essa é a hora!
Parabéns!
"Quem é de verdade sabe quem é de mentira!"
Conte comigo!
Fernanda Moraes



É isso mesmo mano sou de Belo Horizonte\ Minas Gerais esse é o primeiro contato que fazemos não sei se vc me conhece ou já ouviu falar do nosso movimento aqui em BH e nossas ações, concordo com vc totalmente a situação se agrava em todo o país mesmo, aqui tambem não é diferente acima de tudo, aqui ainda tem uns cara que se diz da cultura mas não fortalece a cena e sai falano mal ainda jogano areia nus corres dos outros.
O que nós tamo fazendo aqui em BH é criar us muleque nu Hip Hop, assim como uma familia cria seu filho, só assim eles vão crescer aprendendo e executando a exência do hip hop ter amor pelo Hip Hop tá ligado, tambem fazemos da mesma forma aqui em BH, sou um dos diretores da produtora NOSPEGAEFAZ BH e já fazemos eventos aqui a 5 anos dentre eles a Instinto Louco de Expressão e a Mostra Canta e Dança BH de Hip Hop com patrocinio do SESC\MG fraga, todo ano incluído nu evento artistico que envolve cerca de 50 grupos misturados entre os 4 elementos durante o dia todo a gente promove um seminário pra discutir com o movimento, o poder publico, as iniciativas privadas e ongs, assunto que interessão e que estão diretamente ligados ao Hip Hop e procês verem, nem us grupos que estão escalados pra cantar colam no debate fraga por aí cês veem que a situação é mais grave que imaginamos bom nem por isso deixamos de colocar us grupos por acharmos que a oportunidade é de todos e por termos sofrido isso no passado quando começamos, não tivemos tanta oportunidade sentimos na pele e sabemos que é ruim, um dos elementos mais desunidos aqui em BH é u Break infelizmente us caras não querem saber de discurssão mais só dançar até mesmo os grupos mais antigos e referência não estão nem aí estão dando este exemplo e formando novos integrantes assim descompromissados com u social es as coisas da sua comunidade, mese atrás no evento Cidade Hip Hop houve uma Batalha de Break que envolveu cerca de uns 30 ou mais b.boys só que antes da batalha rolou um debate se não me engano até com com a Malena du ACTITUDE MARIA MARTA se não estou enganado enfim os b.boys preferiram ficar do lado de fora dançando sem musica doque fortalecer a discurssão, então estamos trabalhando na cria de muleques atitudes nas oficinas e os grupos que colam com nós envolvendo nesta discurssão, bom que algumas pessoas do rap aqui na cidade ainda tem isso com eles, mas de fato a vaidade e o ego de outros lideranças, de outros coletivos, associacões culturais e ongs, tem atrasado em muitos anos a cena aqui e impossibilitando um destaque mais abrangente no cenario nacional, mano não desita, acompanho aqui seus corres tenho aqui alguns livro seu, vc é muito importante para o rap, o Hip Hop a educação e a cidadania deste país e com certeza somos um pingo d'agua no oceano que vai causar bastante diferença pra as proximas gerações, é como eu digo em um trecho de minha musica "Será que valeu a pena" sempre vão lembrar de nós de alguma maneira. fico por aqui desde já agradeçendo por compartilhar este momento que vivemos e agradecer pela oportunidade que tem dados aos meus amigos Jota e Lindomar de levar um pouco do nosso sotaque e nossa cultura Hip Hop mineira para as pessoas, muita força na corrida aí e que Deus continue te abençoando e te dando força pra continuar a batalha lokão, tamo aí pra qualquer coisa.
Junio Marques da Silva
blitzcrimeverbal@hotmail.com
Rapper - Vice Presidente do Centro de referência Hip Hop Brasil
Diretor da Nospegaefaz BH
www.rapmineiro.com
www.myspace.com\crimeverbal



TEXTO SOBRE A GRANDE MÍDIA....

Buzo, querido,
São tantas coisas que envolvem tudo isso que vem no seu e-mail que dá até dor no peito falar sobre. Mas para tocar rapidamente, tivemos no ano passado a I Conferência Nacional de Comunicação onde a democratização era assunto chave. Houve mobilização geral dos coletivos, movimentos sociais e mídias independentes. Fomos boicotados pelos empresários. Nunca vou me curar do que vivi ali. Não tivemos sequer nota da grande mídia divulgando a conferência e olha que foi um evento da agenda do governo, imagina o que acontece com os nossos!! Tivemos uma rápida aparição no Jornal Nacional, explorando um momento de conflito, pra variar. Nas votações das propostas, que foram nacionalmente discutidas pelos movimentos, os poucos empresários que foram (pq a maioria nem se dignou, mesmo sabendo que sem a presença deles a conferência poderia ser impugnada), abertamente se colocaram contra toda e qualquer mudança proposta. Democratização, controle social da mídia são para eles, capiciosamente, encarados como "censura". Por que será?
Penso mesmo que a revolução pode ser televisionada, a questão é em qual espaço e de que maneira ela vai aparecer. Fico muito provocada pelo seu e-mail. A discussão passa pela democratização dos meios, passa por sabermos usar as ferramentas disponíveis para chegar na grande mídia com uma linguagem que ela assimile (infelizmente temos que conviver por enquanto com a lógica invertida), passa pela criação e otimização dos nossos próprios meios, pelo corporativismo que podemos ter na hora de divulgarmos nossas coisas, uma grande rede, o boca-a-boca, nossos blogs, tvs comunitárias, rádios, tv web etc. Tudo isso junto penso que poderíamos começar a discutir com mais força e até fazer um momento, um encontro, um seminário, não sei... Podemos pensar juntos e juntas. Quem se habilita?
Jaqueline Fernandes (DF)
Griô Produções
valores que agregam produção
www.grioproducoes.blogspot.com


Alessandro graças a democratização da informação que está sendo criada pela Internet, ainda devagar mas que vai avanãr cada vez mais, não vamos mais depender desses vendidos, narizes empinados trapaceiros e porcalhões da grande Mídia! temos que nos NEGAR a conceder entrevistas e mandar informações para êles. Esse é o caminho quando as pessoas perceberem que o que elas gostam não está mais lá vão nos procurar. Acredite é só assim que eles vão nos dar importancia! Coragem e fé irmão! Vamos que vamos!
Abs muita Arte , muito som,
Renio Quinta
maestro.quintas@gmail.com

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