segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

CARENCIA SP.

Por: Manogerman©

Como posso te amar?
Desconheço tua grandeza.
Não existe, para mim,
Ibirapuera, cidade jardim.
Como posso te amar,
se para suas entranhas,
torno-me pessoa estranha.
Teu chão piso em ilusão.
População sedentária.
Meninos e meninas.
Senhores e senhoras,
que vivem de histórias.
Rua Augusta, consolação.
Andar até, praça da sé.
Já com certa idade,
conhecer a liberdade.
Seres que a emoção brilha que a periferia é
parte de um alto de uma capital,
chamada São Paulo.
Periferia fora do palco.
Como posso te amar?
Se todos dizem:
- É ilusão, conhecer, Avenida São João.
Fazer poema lá em Moema.
Viver na esperança!
Conhecer Avenida Ipiranga.
Amando-te pela emoção,
do que só se vê pela televisão.
A inocência das pessoas
Que vivem do lixo da Rua Santa Efigênia.
Como posso te amar?
Se não a como percorrer.
praças e monumentos, museus e cinemas.
E eu sempre te entendendo.
Centro comercial, só foi no Natal.
No meu sentimento de inquietação.
Ficar observando sem compreensão.
Eu sei que vou te amar.
Da periferia, para avenida paulista.
Desde criança, provar da sua magia.
Da minha mente apagar esta utopia.
E que um dia, hei de te conhecer.
Ver um novo amanhecer.
Eu chego lá.
Passear no viaduto do chá.
E minha pessoa conhecer você.
Passear entre suas entranhas
E não ser mais pessoa estranha.

Germano Gonçalves (O urbanista concreto)
escritor

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