Por: Fanti Mano Humilde
fantimanumilde@hotmail.com
Trabalho, dizem que enaltece
A nobreza de um homem
Por que quanto mais trabalho
Mais passo fome?
Cortei o mato, arei a terra
Plantei o feijão
O milho, a mandioca, o arroz,
De alimento forrei o chão.
Irriguei com suor
A horta de tomate
Couve, agrião, hortelã,
Também tinha alface
Vi brotar todas as mudas
Crescer a esperança verde
Tudo aquilo certamente
Serviriam em algum banquete.
Essas mãos calejadas
Da lida dura.
Não chegou a temperar
O feijão, o arroz, nenhuma verdura.
Usaram meu trabalho
Apenas isso e nada mais
Me escravizaram nessa fazenda
Aos acoites do capataz.
Planto o alimento pra eles
E não fico com nada.
Quanto mais trabalho
Minha vida se acaba.
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quarta-feira, 7 de julho de 2010
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